Andamos com azar com as arbitragens? Parece. Mas temos duas coisas preciosas connosco que nos têm feito ultrapassar as dificuldades: cabeça e coração. Ironicamente, o coração de Hassan atrasou a saída do Rio Ave e a cabeça hoje deu-nos 3 pontos.
O jogo não foi um primor, mas foi entretido. O Rio Ave pode não ter feito muito para chegar à vantagem, mas depois foi enorme para conter o adversário. Enquanto foi 11 contra 11 pareceu-me que havia alguma confusão táctica na nossa equipa. Para ser sincero não cheguei a perceber bem se estávamos em 4-4-2 se em 4-3-3. Guedes estava muito móvel, Hassan estava móvel, Bressan corria por todo o lado, Wakaso dava músculo ao nosso jogo enquanto Tarantini parecia um pouco fora de acção. Pouco depois dos 15 minutos iniciais, o Braga tomou conta do nosso jogo e limitava as nossas saídas ofensivas. De facto, não me lembro de um remate nosso à baliza deles. Apesar deste domínio, de Braga não veio nenhum susto sério para a nossa baliza. E depois golo, nosso como convinha. Vira-se o tabuleiro ao contrário, Monte vê 2 amarelos em poucos minutos e havia que ser inteligente. Saem Bressan e Guedes, entram Heldon e Vilas Boas, reorganiza-se a defesa e Tarantini começa a aparecer a sério. O Rio Ave blinda o centro do terreno, o Braga esforça-se por chegar à área sempre pelas alas, mas depois nunca encontra o caminho para o fundo da nossa baliza. Encontraram a barra e um poste, mas sempre com remates de meia-distância, que de resto não havia como furar a nossa muralha. Havia, ainda assim, o temor que um ressalto enganasse Cássio, que uma queda braguista na nossa área levasse a um penalty. Mas nada disso aconteceu. Vencemos, com muito coração, mas muito mais cabeça.