Parece-me claro que a equipa atravessa uma crise (grave?) psicológica.
Não sei explicar mas há-de haver uma explicação.
Eu, se fosse o treinador, pedir a ajuda de um psicólogo, de um motivador [se calhar podem pensar que estou a gozar mas estou a falar muito a sério].
A equipa não desaprendeu da época passada e é (basicamente) a mesma equipa.
Há jogadores que se arrastam em campo (não vou aqui dizer quais, para não ser mais negativo) apesar da sua evidente qualidade.
A crise psicológica revela-se na falta de clarividência e na ansiedade; na falta de agressividade e de atitude. E isto para não continuar aqui a desfiar adjetivos.
Os jogadores falham mais passes, chegam mais tarde aos lances, não têm o discernimento para resolverem bem lances difíceis, acabam por ter medo de rematar ou de tomar decisões.
Isto não tem nada a ver com profissionalismo ou com querer/vontade - que fique claro.
Está tudo na sua cabeça.
Neste contexto a pergunta que faço é: conseguirá Nuno resolver o problema sem ajuda externa? O Rio Ave não seria a primeira nem a última equipa profissional a recorrer a este tipo de ajuda.
PS - sobre o jogo propriamente dito já aqui a escrevi. Foi a quente, ainda nas bancadas, mas reafirmo hoje de manhã o que então disse. Acrescento apenas que me parece claro que Roderick não tem as características desejadas para um trinco, é suave, lento e não ocupa tão bem os espaços como, por exemplo, Wakaso. Nesta posição, e por aquilo que se viu até agora, estamos a perder relativamente a Wires. Outra coisa: compreendi bem a saída de Hassan e a entrada de Del Valle (já o tinha defendido antes, se a bola não chega a Hassan). Del Valle é que não correspondeu. Já me parece que Nuno esteve menos bem durante a segunda parte, quando se percebia que o Gil Vicente estava mais perto de marcar. Não reagiu. Nota 1 para Nuno.
* A intervalo, na instalação sonora, passou o tema Desfado de Ana Moura. Ao ouvir, lembrei-me das saudades que eu tenho de ver o Rio Ave ganhar e jogar bem; marcar vários golos e sair satisfeito do Estádio. É pedir muito? Há quantos anos?