Caro presidente Campos,
Escrevo-lhe para partilhar consigo (e com os Rioavistas que nos lerem) a preocupação com aquilo que me parece ser o facto de o nosso Clube se estar a fechar, em vez de se abrir à comunidade e aos nossos sócios/adeptos em geral.
A opção de limitar à direção as opções relativamente aos 75 anos é um exemplo; outro, a forma como se fez a divulgação das contas da SDUQ para a época em curso (quem fosse à AG não tinha qualquer documento para consultar).
A criação da SDUQ não pode ser aproveitada para fechar e esconder o Clube. A criação da SDUQ até poderia ser, se possível, pretexto para mais transparência.
A profissionalização do Clube, com a entrada de técnicos externos, não dever ser feita à custa dos contributos/ideias que os sócios podem e DEVEM dar.
O que temo é que o Clube, fechado sobre si próprio, perca alma, alterando a nossa identidade.
E há um primeiro sintoma disso mesmo: nunca estivemos tão bem (desportiva e financeiramente) e não me lembro de tanto alheamento. Recorda-se de como terminámos a época passada num excelente 6º lugar e até parecia que tínhamos descido de divisão?...
Mais uma vez: os profissionais são desejáveis no Clube (tenho boa impressão daqueles que conheço no nosso Clube) mas eles não conseguem saber o que é o Rioavismo.
O que temo, em resumo, é que pela sua própria competência eles acabem por aplicar no Clube basicamente as receitas que vêm nos livros (em contrapartida, o que julgo ser certo é equilibrar as suas mais-valias com a nossa identidade/realidade).
O que maior receio, no fundo, é que sejamos cada vez menos - nunca houve muitos sócios nas AG, mas sete?
Se entender que isto é um exagero da minha parte, esqueça por favor; se achar que vale a pena parar para pensar não deixe de partilhar com todos nós.
Um abraço Rioavista do jpmeneses