Vários amigos e conhecidos me têm perguntado explicações para este arranque de época tão fraquinho.
Não há apenas uma razão e penso que, de uma forma geral, os rioavistas coincidem na análise sobre as lacunas do plantel nas primeiras jornadas.
Mas há um factor que gostaria de acrescentar.
Se repararem, Brito não é um treinador de entusiasmos, de declarações galvanizadoras, de prometer o céu e a lua. Pelo contrário. Brito diz, com as devidas adaptações, no início de época o que diz no final (e na época passada tivemos dois excelentes exemplos: quando andámos pelos lugares do fim e quando estávamos na luta pela Europa) [há quem considere isso um defeito em Brito; respeito, mas gosto dele assim].
Em contrapartida, até pelo início de um novo ciclo, muitos treinadores da concorrência atiram lá para cima, como uma forma de catapultar expectativas.
Acontece que, no final da primeira volta, acabam naturalmente por cair e temos grandes decepções (na época passada, Olhanense, Académica, Beira Mar, etc.).
É, pois, altura Rio Ave os ultrapassar e terminar à frente deles.
É, no fundo, como a lebre e a tartaruga. E nós somos a tartaruga!