O João Paulo bem pede uma vitória em casa, mas ainda não foi desta.
Ponto prévio: eu cheguei ao estádio a pensar que ia ser um jogo de lotaria, que me ia aborrecer imenso, que ia contar os minutos de tanto enfado. Falso. Eu gostei muito da primeira parte que me fez saltar da cadeira muitas vezes e desculpo a segunda pela excelente entrega da primeira e também porque o físico não dava para mais. Outro receio: que o campo não aguentasse. Não ficou muito bom para domingo, mas hoje não foi a relva que impediu melhor futebol.
O jogo: esqueçam o futebol em dias de sol e temperatura amena num relvado imaculadamente verde. Futebol a sério é sob chuva pesada, vento forte e num relvado encharcado. Depois de ver a primeira parte deste jogo, com tanta entrega, com tanta vontade, com tanto futebol bem jogado, com tantas oportunidades de golo, não vou perdoar mais exibições cinzentas em condições perfeitas. Descontemos a segunda parte pelos motivos já acima indicados. Em poucas palavras foi assim: o Nacional apanhou-se a ganhar num lance em que Gaspar foi infeliz, o Rio Ave reagiu da melhor maneira, caiu sobre os madeirenses e empata por Tomás num penalty que me pareceu existir. Continuou sobre o adversário, bola na trave por Tomás (terá entrado? eu diria que sim, mas os meus olhos são do Rio Ave...) e mais pelo menos duas boas ocasiões, daquelas de estar toda a gente a gritar golo. Entusiasmou-me deveras. Intervalo, o ritmo baixa, o Nacional que na primeira parte ainda fez qualquer coisa, desaparece de vez. Mora não fez uma única defesa digna desse nome. O Rio Ave também baixa de intensidade e de qualidade e o jogo termina com um empate que me sabe a muito pouco.