7.2.11

«O que significam as palavras de João Tomás?» Um grito de revolta!

Ouvi com muita atenção a entrevista de João Tomás ao Paulo Vidal e gostaria de partilhar alguma reflexões:
- depois de ter falado ontem no final do jogo, a disponibilidade hoje do jogador para voltar ao assunto demonstra que são actos bem pensados e conscientes;
- pelo tom geral, pelas pausas e pela escolha das palavras, percebe-se, aliás, isso muito bem;
- Tomás diz apenas o que pode e não tanto o quererá dizer (as suas reflexões são muito indirectas e não atingem ninguém em concreto, embora imagine que exista um ou mais destinatários em concreto);
- a referência mais directa foi aos jovens do ataque do Rio Ave (Yazalde e Bruno Gama são alvos óbvios, mas provavelmente não os únicos) que não marcam golos; Só 17 golos é 'demasiado mau', disse;
- Porquê agora (já que perder no Dragão seria normal)? Sò posso interpretar como um grito de alerta para domingo. Tomás diz, aliás, que se trata de um jogo vital; e fala nos próximos quatro jogos.
- Frase enigmática: a dos 'supostos' valores no plantel, que não o têm demonstrado;
- Uma frase em que me revejo e que atingirá o treinador: «entrámos em campo (no dragão) com receio de equipa pequena. O que fizemos nós para ganhar? Muito pouco!»
- Manutenção na primeira divisão: temos condições mais do que suficientes!
Tudo isto é um grito de revolta. Que Tomás assume por ser o melhor jogador do plantel e o mais valioso. Não é o capitão, não é o treinador, não é um director a fazê-lo. É João Tomás!
Acho que todos os rioavistas se identificam com este grito de revolta!