17.1.10

(Leiria) Uma derrota dos cansados?

Acho que se percebeu, desde cedo, que as coisas iam correr mal; a equipa entrou apática, desinspirada. Cansada? É a única explicação mais ou menos lógica. O Rio Ave parecia uma equipa derrotada, que só nos últimos minutos - quando Brito deixou 4 avançados em campo - mostrou capacidade (que é diferente de vontade) de inverter os acontecimentos. Uma equipa que está a fazer uma época tão boa deixa-se ir abaixo porquê?
Se estão cansados é porque o planeamento dos últimos jogos não terá sido bem feito (demasiados titulares repetidos de quarta para hoje)? Sinceramente não sei. Sei, isso sim, que o Rio Ave jogou muito abaixo do que se lhe exige - e, se estou a ver bem, o guarda-redes do Leiria fez apenas uma boa defesa.
Não há garra nesta equipa? O que se passa? Por favor ponham os olhos em Zé Gomes, o melhor em campo, lutador até cair para o chão. E, quando caía, levantava-se imediatamente. Jogadores como Chidi, como Evandro, mesmo como Wires ou Tarantini (ou o Sílvio da segunda parte) pareciam adormecidos! Que falta fez André Vilas Boas! Pela positiva quero destacar apenas Bruno Gama.
(O Leiria é uma boa equipa mas não nos criou muito perigo, tirando os livres de Ronny - não mostraram que são muito melhores do que nós; e da arbitragem não há nada de importante a dizer).
A Brito dou nota 1. Achei a entrada de Tarantini demasiado cautelosa e a de Sidnei demasiado tardia (tal como achei o onze inicial muito 'defensivo'). Mas, principalmente, há uma coisa que não percebo: Evandro, que tem sido sempre suplente, foi titular na quarta e Sidnei foi suplente. Quatro dias depois, Evandro é novamente titular e Sidnei (que até tinha entrado muito bem na quarta) novamente suplente? Que gestão do esforço é este?
Sinceramente não sei explicar esta derrota - sei que é a terceira seguida, que há mais de quatro meses que não ganhamos em casa, mas também sei que «É preciso reanimar esta gente e não permitir que eles deixem de acreditar no valor que têm. Se eles tinham valor não é agora que vão deixar de ter»