A AG desta manhã (ACT)

O Rio Ave vai gastar um milhão e meio de euros com a equipa profissional, 1, 400 mil para ser mais correcto, quase o dobro da época passada, em que estavam orçamentados 715 mil euros [O Jogo desta segunda-feira fez as contas e diz que cada jogador, já com impostos, custa 4500 euros por mês ao Rio Ave; ; eu fiz umas contas ligeiramente diferentes, com 30 elementos no plantel, e dá menos de 3000 euros em média, vezes 12 meses] num orçamento total e global de três milhões de euros, no qual estão incluidos o pagamento de mais de 600 mil euros com amortizações e juros (Paulo de Carvalho disse que é o orçamento real mais baixo da primeira liga). As receitas principais chegam das televisões (metade dos três milhões, sendo que estão previstos mais 500 mil euros com a venda de jogadores); as quotas, os camarotes e os bilhetes valem pouco mais de 350 mil euros. Um orçamento de base-zero (ou seja, sem lucros nem perdas). Aprovado com uma abstenção.

Quanto ao plano de actividades, nada a dizer; a Direcção está de saída e limitou-se a elencar prioridades: o estádio novo, a sede social, a formação, o «site» do clube; sim, o «site»; está escrito que é urgente e necessário.

Intervim na AG para fazer uma pergunta e deixar uma nota:

- a pergunta sobre Alípio: é jogador do Rio Ave? Pode trazer receitas ao Rio Ave no futuro? Paulo de Carvalho explicou aquilo que me pareceu o complexo processo da vinda do jogador. Não sei se percebi bem, mas o «passe» do Alípio é propriedade de uma escola de futebol do Brasil, chamada «Dois Toques» (de onde vem, esta semana, mais um jovem, para Vila do Conde);
- Quanto à nota, que nada tinha a ver com intervenções nessa AG, mas com o que tenho percebido nestas semanas, diz respeito a um certo desalento/desânimo, que tenho sentido nos responsáveis directivos e técnicos (e de que o Gil também falou aqui). Como se estivessemos condenados a descer, porque não temos dinheiro para melhores jogadores. Fui-lhes dizer que eu acredito e que deviamos passar uma mensagem mais positiva. Em resposta, Paulo de Carvalho e sobretudo Mário de Almeida disseram que sim, que também acreditam.

ACTUALIZADO A 13/8: tem razão o nosso colega do blogue Rioavistas, e consócio, que escreveu sobre os atrasos no pagamento aos funcionários administrativos e auxiliares do nosso clube; 5 meses, de acordo com o sócio que falou na AG. Aplaudi a sua intervenção, mas esqueci-me, aqui, de fazer uma referência a uma situação que nos envergonha, como é óbvio.