20.9.22

7ªj: O empate em Barcelos consegue ser positivo e negativo.

foto: facebook Rio Ave FC

Vamos lá falar de Barcelos em poucas penadas que o texto já vem atrasado, mas não pôde vir mais cedo.

Quando vi a equipa inicial, achei que o treinador tinha tido uma epifania qualquer nos dias anteriores. As mudanças foram muitas e pareciam dar à equipa um ar de jogo diferente. Íamos ter um 10 puro em Baeza e Paulo Victor ia poder mostrar de início o potencial que tem trazido vindo do banco. Pantalon saía da equipa, Nóbrega igual, Amaral encostava nos centrais, Ronaldo sentava no banco e Boateng faria dupla com Aziz. 

A minha opinião é que não funcionou, só tirou rotinas à equipa e a deixou desconectada, desorientada e perdida em campo. Freire terá visto algo nos treinos que não funcionou no jogo em termos de futebol praticado. Paulo Vitor não conseguiu desequilíbrios no ataque, Amaral não conseguiu dar apoios no flanco, Baeza não tinha entrosamento, Boateng não conseguiu dar um ar da sua graça. Na defesa Josué
e estreou-se bem, mas amarrar Amaral junto dos centrais não me parece nada  bem. Abdicar de dois dos centrais titulares contra o Braga parece-me demasiado e um pouco injusto para Pantalon, o nosso central com mais perfil de central clássico. Lesões? Cansaço? Proteger os jogadores depois de um jogo menos bom? 

Achei assim que foi o nosso jogo mais aborrecido. E no entanto esfreguei as mãos quando nos conseguimos adiantar até aos 0-2. Um dia menos bom é normal, ganhar num dia menos bom é menos comum. A vantagem era deliciosa, mas não deu pra segurar. Lesões, expulsões, uma reacção musculada dos barcelenses que, apesar de terem mais domínio, também não foram nenhuma estrela resplandecente, acabou por resultar no empate. Ao 0-2 nunca acreditei que não ganharíamos, mas a equipa não esteve tão  bem como já foi capaz de ser noutros jogos. É pena.

Portanto, pontuar é bom porque as circunstâncias estiveram contra nós, mas depois do 0-2 há sabor a fel na boca.