A Assembleia Geral de domingo passado vai ficar gravada na história do Rio Ave FC mais pelo que se não disse, do que por aquilo que se disse.
Vejamos um mero exemplo.
O ponto 3 da Ordem de Trabalhos era sobre o Novo Regime de Quotizações. O documento apresentado aos sócios referia, simultaneamente, a questão das quotas e a questão dos ingressos para os jogos. Pensavam a maioria dos presentes (e se calhar ainda pensam) que ambas estavam interligadas e que estavam a aprovar as duas vertentes constantes do documento.
Acontece que após várias exposições de associados, o Presidente da Direção afirmou que a Direção certamente irá reanalisar algumas das sugestões apresentadas (nomeadamente quanto à diferença de valores dos jovens e das mulheres - aqueles pagam mais do que estas). Contudo não propôs a alteração desse item, pelo que o que foi aprovado foi o documento tal como tinha sido apresentado. Se a Direção alterar esse valor, desrespeitará a deliberação dos sócios.
A questão que se nos coloca é, assim, mais o que não foi dito do que o que foi dito. É que se houver a alteração (diga-se, justíssima) sem passar por nova aprovação dos sócios, significa que os órgãos sociais do Clube e Sduq entendem que os podem alterar os preços dos ingressos para os jogos a seu belo prazer.