18.12.14

Que frio!

Esta época o Rio Ave defrontou o Desportivo de Chaves pela terceira vez. Ambas as equipas conheciam-se muito bem e, por isso, havia todos os ingredientes para ser um bom jogo.
Novamente me surpreendeu o Chaves pela qualidade que apresentou, praticando um futebol que muitas equipas da I Liga não conseguem produzir. Face ao conhecimento de ambas as equipas, elas encaixaram-se e todos os lances eram disputados palmo a palmo, com muita concentração de jogadores.
Estranhamente o Rio Ave parecia mais nervoso (veja-se a expulsão de Lionn). E as jogadas de perigo teimavam em não aparecer, até que numa jolgada de envolvimento Ismael marca, mesmo ao cair do pano da primeira parte.
Na segunda parte o Rio Ave  baixa as suas linhas e joga em contra-ataque, numa delas Ukra arranca uma grande penalidade e marca o segundo golo. Parecia estar resolvido o jogo, mas o Chaves num assomo de muita dignidade, vai para a frente, pressiona, cria várias oportunidades e é-lhe marcada uma grande penalidade que Ederson defende com muito brilho.
Depois deste susto o Rio Ave controlou o jogo, entrou o André Vilas Boas, e a passagem aos quartos estava garantida.
Pela primeira vez vi o Rio Ave, nesta época, a fazer antijogo que durou quase todo o segundo tempo.
O Chaves merecia ter marcado em Vila do Conde, criou mais oportunidades.
O público anunciado foram 575 pessoas. Dada o dia e a hora do jogo, o frio que se fez sentir e ter de se pagar bilhete (ao contrário dos jogos da Liga Europa) até se aceita. O Chaves teve a acompanhá-lo uma numerosa equipa de apoio, que sem ofender ninguém do Rio Ave, foi exemplar no apoio à sua equipa e no final brindou-a como se tivesse ganho o jogo.