Alguém gosta de um jogo sem golos? Por norma não. A não ser que o clube que se gosta jogue contra um colosso tal que essa diferença nos faça sentir que um empate sem golos sabe a vitória.
Eu admiti que tendo o Paços ficado reduzido a 10 cerca de meia hora da segunda parte, o Rio Ave ia ser capaz de ganhar a partida. E quase conseguiu, mas ficou-se no quase.
O que nos faltou? Acima de tudo acho que foi no passe final para golo que esteve o grande problema. Fui-me queixando ao longo do jogo de uma certa lentidão a sair para o ataque. Quando a bola chegava aos nossos homens mais ofensivos, estes estavam por norma plantados à espera que a bola lhes chegasse aos pés e também por norma com defesas pacenses ali bem perto e bem vigilantes. Foi só demérito nosso esse atraso nas saídas ofensivas? Não, o Paços pressionava sempre bem dentro do nosso meio campo defensivo e obrigava a bola a rodar muito até chegar ao ataque. E depois faltou alguma dinâmica ofensiva capaz de desposicionar o adversário e chegar até ao golo. Esse pressing que o Paços fez e o Rio Ave não, deu ao nosso opositor uma maior capacidade de recuperação e controlo das operações na primeira parte. E este Paços é mesmo uma senhora equipa, sabe jogar, sabe pressionar, sabe movimentar-se. Por isso digo que o jogo não defraudou as expectativas, pelo menos as minhas. Foi um encontro interessante, movimentado, sem golos sim, mas que nos manteve preso a ele até o árbitro apitar para o final do jogo.
Dou nota 2 a Nuno. Com mais um não soube encontrar um antídoto para o bom jogo do adversário. E era importante ganhar vantagem directa sobre o Paços.