Como sabem os nossos leitores, fui um dos que 'perdi a esperança' e um dos que deixou de ver a luz ao fundo do túnel.
Noutras circunstâncias, noutro clube, Brito não seria hoje treinador do Rio Ave.
E contudo Brito mostrou mais uma vez que tem sete vidas e que consegue arrastar consigo uma equipa que em certos momentos do campeonato parecia muito descrente.
Brito sobreviveu contra quase tudo e a quase todos e o Rio Ave parece estar a dar volta por cima, com duas vitórias seguidas (o elogio também é extensivo aos responsáveis que - contra a maioria, acredito - decidiram continuar a acreditar no treinador).
Podia dizer-se que foi um jogo fácil, que o Setúbal só existiu até marcarmos o primeiro golo, mas não seria justo. O Setúbal não é o Beira Mar e o Rio Ave mostrou consistência.
Um elogio para Brito, também, pela aposta no onze que venceu o primeiro jogo. Não me surpreendeu, mas deve ter surpreendido a maioria. Aposta ganha. Nota cinco para Brito.
Sobre o nosso jogo apenas um reparo: foi muito evidente a falta de um organizador de jogo, alguém que venha à defesa buscar a bola e a faça circular; isso reflecte-se no trabalho ingrato que sobra para os centrais (e os principais sobressaltos que tiveram resultaram dessas indecisões do meio campo) e no recurso sistemático aos extremos para levarem a bola para a frente. A rever, por favor.
Notas finais:
- excelente assistência, a dar razão às iniciativas da Direcção para encher o estádio;
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