Brito fala hoje à Linear sobre estes 20 anos - que hoje se assinalam.
Eis algumas das suas ideias:
Depois do Salgueiros ter subido à 1ª. Divisão e do Rio Ave ter descido à 2ª. B, Carlos Brito chega a Vila do Conde através de Mário Reis.
Como jogador nunca mais saiu, embora tenha havido oportunidades. Foi ficando, pois diz que não é pessoa de faltar à palavra, uma vez que gosta de cumprir contratos.
Tem pena de, enquanto jogador, nunca ter jogado na 1ª. Divisão; jogava assiduamente, era titular e capitão de equipa.
Reconhece que acabou precocemente a carreira de jogador, com 32 anos de idade e com ainda 1 ano de contrato pela frente, quando passou a adjunto de Henrique Calisto. Mas lembra que, passadas cinco ou seis jornadas, Calisto ainda pôs a possibilidade de jogar novamente, só que isso nunca chegou a acontecer.
Após 20 anos não imaginava que ainda estivesse no Rio Ave. Diz que as coisas se foram proporcionando. Enquanto jogador afirma que foi sempre respeitado e sentiu que as pessoas gostavam de o ter no Clube (o clube não é, para Carlos Brito, apenas uma entidade empregadora, é muito mais que isso).
Sente-se bem no Rio Ave e as pessoas, para já, sentem-se bem com ele.
Tem como maior alegria a subida de divisão e como maior tristeza a descida por apenas um ponto.
(e com este texto terminamos a evocação destes 20 anos, iniciada a 24 de Agosto e que gerou cinco textos diferentes)
ACTualizo apenas com esta nota muito crítica: os três jornais diários desportivos ignoram a data e o facto inédito de haver uma pessoa no futebol português com (quase) 20 anos de ligação a um clube. Apenas o JN na edição de domingo passado fez essa evocação.
2.9.10
Os 20 anos de Brito no Rio Ave (5) - memórias do próprio Brito (ACT)
Publicada por
João Paulo Meneses