- Pausa internacional para jogos das seleções.
- Paragem do campeonato devido à 4.ª Eliminatória da Taça de Portugal.
20.11.25
Paragem de 22 dias: faz sentido para quem já está fora da Taça?
19.11.25
Dinis Ramos: um símbolo que nos devolve o orgulho de ver “os nossos” no Rio Ave
18.11.25
Mais dois processos judiciais: já são 7 no último mês
No início deste mês dei conta da entrada de mais 5 processos judiciais contra a Rio Ave SAD.
Deste então, dei conta da entrada de mais dois processos no mês passado.
1. Cdt - Equipamentos Desportivos, Lda. (Empresa que presta serviços personalizados que possibilita desenhar e desenvolver um equipamento e/ou uma linha de vestuário exclusivos a cada clube.)
Valor reclamado: 5 185,01 €
2. Visionware - Sistemas de Informação (Empresa que disponibiliza ferramentas para enfrentar os riscos diários e atuais da cibersegurança)
Valor reclamado: 50 573,40 €
Esta situação compromete gravemente o bom nome e a credibilidade do Rio Ave FC.
Que a Presidente da SAD pouco se importe com a reputação do clube não me choca.
Que a Presidente do Clube não exija que situações destas não se continuem a acumular, já tenho alguma dificuldade em compreender.
17.11.25
Futsal: trabalho, investimento (grande) e mérito
14.11.25
Ainda os reforços: análise aos 11 desta época
Dos 48, há 11 reforços (Omar não conta, é um regresso, mas incluí Lomboto) para esta época.
Apenas dois têm sido titulares indiscutíveis (Nikos e Brabec), o que diz muita coisa.
Outros já tiveram oportunidade e, do meu ponto de vista, não confirmaram (Liavas, Spikic, Gual).
Outros não jogaram (Pastor, Lobato) ou jogaram pouco (Papakanellos, Chamorro, Moreira e Nikitscher - este último caso é estranho).
Nota final para Lomboto: já foi titular e cumpriu. Merece mais oportunidades (para mim, é melhor do que Petrasso).
Em resumo: dos 11, destacam-se Brabec e Lomboto. Nikos é uma jogador mediano, esforçado, mas já tivemos laterais muito melhores. Alguma coisa falhou na preparação da época.
Termino lembrando que, em Famalicão, a equipa jogou em reforços, apenas com Lomboto.
Reforços época 25-26
13.11.25
Três portugueses jogaram hoje pelo Rio Ave
... calma, foi num jogo treino!😇
Além do 'desaparecido' João Tomé, João Graça também foi titular.
A estes juntou-se Francisco Brás, dos sub23.
Aliás, este particular com o Paços de Ferreira (adivinhem o resultado? Empate, claro) serviu para Sotiris ver jogadores menos utilizados.
Dos habitualmente titulares, jogaram Panzo e Vrousai (mas a ala esquerdo). Lomboto, Abbey e Liavas também estiveram, no onze, onde se destaca a presença do extremo Medina (que aliás marcou o primeiro golo; o outro foi de Panzo - Gual não aproveitou a oportunidade).
Rio Ave mais uma vez com 3 médios (Nikitscher, Liavas, João Graça) e dois avançados (os já citados Gual e Medina, aqui na foto)
Onze: Alfonso Pastor, João Tomé, Lomboto, Panzo, Nelson Abbey, Vrousai, Nikitscher, Liavas, João Graça, Toto Medina e Marc Gual
Jogaram ainda: Miszta, Nikos, Brabec, Ntoi, Aguilera, Etienne Michut, Ferati, Francisco Brás (estes três dos sub23), Olinho e Clayton.
Uma equipa e um “forte” que já não é o mesmo
- Sofremos mais golos em casa do que fora,
- Marcamos menos golos em casa do que fora.
Quando atacar depende de quatro nomes
Ofensivamente, a equipa tem dependido de um número reduzido de jogadores.
Até agora, apenas quatro atletas marcaram golos no campeonato:
- Clayton (7)
- André Luiz (4)
- Spikic (2)
- Vroussai (1)
Ou seja, 14 golos divididos entre quatro nomes — e dois deles com o peso quase total da produção ofensiva.
Entre os que marcam e os que sofrem
No cômputo geral, somos a 5.ª equipa com mais golos sofridos no campeonato, a par do Alverca.
Ao mesmo tempo, estamos a meio da tabela das equipas com mais golos marcados.
O equilíbrio não existe: o ataque disfarça, a defesa compromete.
A fotografia histórica
A reflexão necessária
12.11.25
A solução e o problema chamado André Luiz
- O Rio Ave ataca maioritáriamente da mesma forma, e com o mesmo protagonista.
- Os adversários anulam-no com mais facilidade, porque sabem exatamente o que esperar.
- E André Luiz, sobrecarregado e isolado, começa a sentir na pele a fadiga de ser o único ponto de luz num ataque cada vez mais previsível.
11.11.25
7 bons jogadores na lista de 48
Dos 48 jogadores contratados/pagos pela SAD, para mim são estes os bons (ordem alfabética):
André Luiz
Brabec
Clayton (o melhor de todos)
Ntoi
Miszta
Vrousai
Sete jogadores, apenas. Talvez isto explique as dificuldades desportivas que o Rio Ave tem tido e continua a ter nas últimas épocas. Mas, visto de outra forma, seis deles estão atualmente no onze. Esperava-se melhor.
Ao fim deste tempo ainda mantenho dúvidas sobre Aguilera e Panzo e não vi Lobato jogar nem vi o suficiente de Medina e Eric Moreira para ter uma ideia definitiva. João Teixeira ainda poderia fazer a diferença no atual meio campo. Até porque, tirando Tiknaz, não há um centro-campista nesta lista de sete. Guga seria um fora de série neste plantel...
E também quero lembrar que Aziz regressou em janeiro de 2024, já no período de contagem.
(lista dos 48 jogadores aqui)
10.11.25
Mais processos judiciais contra a Rio Ave SAD: a conta continua a crescer
-
Valor reclamado: 21 245,10 €
2. Maria Lúcia Soares Vieira (Treinadora demitida o ano passado das séniores femininas)
Valor reclamado: 9 960,50€
3. Shire Sports – Lda (três processos distintos) - (intermediária de jogadoras do feminino e do nosso treinador)
Os três valores reclamados: 2 741,66€ + 1 265,42€ + 1673,88€
9.11.25
(1-1 em Alverca). Um ponto, dentro da mediania
As estatísticas dizem-nos que o Rio Ave teve uma oportunidade de golo, contra 3 do Alverca, e que Chamorro Miszta fez 4 defesas, contra 3 do outro guarda-redes. O Alverca também teve mais remates.
Já se sabe que os números valem o que valem, mas estes não (nos) enganam. O Alverca foi mais consistente durante o jogo (57% de posse) e o Rio Ave viu-se a espaços, sobretudo na primeira parte, entre os 20 e os 40 minutos, quando marcou.
Depois foi aguentar e, desta vez, correu bem. O empate aceita-se, mas a haver um vencedor nunca seria a nossa equipa. O Alverca pareceu-me uma equipa com poucos argumentos, a viver sobretudo da vontade.
Sotiris prometeu, antes do jogo, "uma resposta forte" e, mais uma vez, as bem intencionadas palavras do míster não passaram disso. Depois do desastre frente ao Estoril, a exibição foi diferente, sem ser boa. Sotiris voltou a mexer no meio campo, tirando Spikic (nem se notou...) e reforçando o setor intermediário com mais um (Ntoi, Aguilera e Pohlmann). Dos três centrais é que o treinador não abdica, a não ser quando é obrigado.
Por falar em centrais, grande exibição de Brabec, um autêntico 112, que só não chegou (por falta de altura) no momento do golo do adversário. Vroussai também esteve em bom plano e foi o melhor, para mim. Lomboto saiu do onze (porquê? estava a jogar bem) para o regresso de Petrasso.
Em resumo: correu bem. Mas, já se sabe, se o principal argumento é que correu bem, alguma coisa pode ser diferente na jornada seguinte.
Recetividade fraca por parte dos adeptos à iniciativa da Direção de oferecer a viagem. Mas não faltou apoio.6.11.25
48 jogadores contratados em dois anos
Como foi explicado pela Presidente há um ano, a Rah Sports começou a emprestar dinheiro ao Rio Ave ainda a SAD não tinha sido formalizada. Ou seja, os reforços que vieram em janeiro de 2024 já foram pagos pelo investidor e, em muitos casos, já tiveram o dedo-Marinakis (foi nessa altura que veio Vrousai, por exemplo).
Daí até agora (ou seja, quase dois anos) foram contratados 48 jogadores para a equipa principal, o que dá mais de 4 equipas completas. Muitos saíram, como é evidente, sendo disso exemplo os 10 que vieram precisamente em janeiro de 2024: só continuam Miszta e Vrousai (mais Hélder Sá e Rehmi, que continuam na lista dos sub23, mas nunca jogaram por esta equipa; Sá tem contrato até 2028!).
Por outro lado, dos jogadores que estavam no plantel até essa data, restam João Graça e Lomboto, embora com percursos diferentes.
Num próximo texto vou analisar com mais detalhe os 48 nomes, mas acho que todos concordam, a começar pelo próprio Marinakis, que são demasiados jogadores, o que significa demasiados ordenados e prémios de assinatura. Má gestão desportiva.
Mais uma vez: a conta bancária da Rah Sports interessa-me pouco, o que analiso é a relação custo-benefício desportivo.
Omar Richards é, para mim, a maior desilusão destes dois anos, se tivermos em conta que tem "currículo assinalável com experiência no Reading, Bayern de Munique, Olympiacos e Nottingham Forest. Somou jogos em grandes competições internacionais como a Liga dos Campeões, Liga Europa e Liga Conferência, tendo ganho esta última pelo Olympiacos, em 23/24. Pelos alemães do Bayern conquistou o campeonato e a supertaça germânica e foi internacional sub21 pela Inglaterra". Recorde-se que no final da época passada saiu e voltou por empréstimo já com o campeonato em andamento.5.11.25
Entre o que se constrói e o que não se diz
4.11.25
Desculpem, mas nem num clube do futebol concelhio
Se faltava uma prova ou se alguém ainda duvidasse do amadorismo que caracteriza a estratégia de comunicação da Rio Ave SAD, a recente notícia do Record sobre as obras em curso e a realizar no futuro é o argumento final.
Como é sabido, embora sem prazos nem custos, foi apresentado aos sócios, na última AG, o projeto que inclui novos relvados, um novo edifício de apoio ao futebol profissional (em andamento) e que culminará com a nova bancada.
Haja ou não dúvidas sobre o que vai ser feito, é um enriquecemento do património do Clube e melhores condições para adeptos e atletas. São boas (excelentes, mesmo) notícias, portanto.
Acontece que para poder dar esta informação o Record teve de citar o Reis do Ave. Não faz qualquer sentido. E também por isso, a restante comunicação social optou por não noticiar - e assim perderam os adeptos do Rio Ave, a quem a nossa informação não chegou e que seriam muitos mais se tem sido a SAD a fazê-lo.
Nós temos o nosso papel, e agradecemos a referência, mas, mais uma vez, cabe à SAD fazê-lo. É preciso dizê-lo sem receios: uma situação como esta está ao nível de um clube do campeonato concelhio.
PS - a primeira vez que este plano foi revelado aos sócios foi na AG de junho. Por não terem sido dados detalhes ou informações suficientes, um grupo de sócios pediu à Direção uma reunião de esclarecimento, que aconteceu em agosto. Já eu, se mandasse, fazia deste plano de obras uma bandeira e divulgava-o o mais possível.3.11.25
Sotiris ao lado
Ainda a AG da semana passada: aquilo de que não se falou
* AC disse:
- houve a opção de investir e não vender, para manter a competitividade desportiva;
- O investidor tem musculo financeiro [para aguentar] e isso é positivo;
- ele não quer ir embora, está cá para ficar;
- é provável que continuemos a ter exercícios financeiros negativos na SAD, mesmo com a venda de ativos;
Empate ao cair do pano (futsal)
2.11.25
(0-4 com o Estoril) Sotiris: quantos pedidos de desculpas mais? (ATUAL.)
Após a derrota frente ao Sintrense, da quarta divisão, o treinador pediu desculpas. Todos elogiaram.
10 dias depois, após a humilhante derrota e nula exibição de ontem, frente ao Estoril, Sotiris voltou a pedir desculpas.
A minha pergunta é, para o treinador e para o seu patrão: quantas vezes mais Sotiris terá de pedir desculpas para se perceber que não há mais condições? Insisto. Para o próprio, que me parece uma pessoa muito decente, e para o patrão.
Ontem, mais do que em Sintra, Sotiris esteve realmente mal.
- voltou, frente a um adversário pior classificado do que nós, a jogar com três centrais;
- juntou mais dois médios defensivos e apresentou-se (há muitos anos que não via uma coisa destas no onze inicial na nossa equipa) sem qualquer médio mais avançado ou criativo (Aguilera, Pohlmann, Graça no banco).
- após a expulsão, manteve tudo como estava (estava mesmo a ver-se que era preciso dar mais criatividade ao meio campo);
- pior, e para mim incompreensível: já a perder por 2-0, regressa do intervalo sem substituições, mas cinco minutos depois chama dois jogadores. O que é que mudou em cinco minutos? Que plano tinha que se esfumou em cinco minutos? Os jogadores também interpretam o jogo e percebem que alguma coisa não está bem com as ideias do treinador.
- até final, foram mais algumas opções erradas, como a saída de Lombotto (provavelmente o melhor em campo) ou a entrada de Gual para médio!
- Para terminar da pior forma, após o apito final, Sotiris saiu para os balneários, deixando os jogadores sozinhos em campo. Ou saem todos, e explicam-se no fim, ou ficam todos. Claramente uma opção infeliz do treinador grego.
Em resumo, o melhor do jogo? O resultado. Podiam ter sido seis ou sete. E o guarda-redes do Estoril sem uma defesa em 90 minutos.
PS - lembram-se do Rio Ave - Nacional da segunda jornada? O Nacional teve um jogador expulso aos 40 minutos, mas na segunda parte nunca deixou de procurar o empate, que conseguiu. Eles tiveram a atitude que o Rio Ave ontem nunca teve.
Atualizado a 7/11/25: ""Compreendo totalmente os adeptos. Foi justo que estivessem descontentes, porque o jogo não foi bom e o resultado foi pesado. Sinto essa responsabilidade e peço desculpa. Mas acredito que temos de manter a união, dentro e fora do balneário. Só juntos conseguimos ultrapassar momentos difíceis". Terceira vez?
"Sintrense" dá 4 ao Rio Ave nos Arcos
31.10.25
A minha declaração do ponto 4 - sobre o caminho que o clube seguiu
Nos últimos anos, o Rio ave FC tem vivido um período que muitos de nós nunca imaginaríamos presenciar. Falo de um clube que sempre se orgulhou de ser dos sócios, feito por sócios, e que hoje, infelizmente, parece estar a afastar-se dessa sua essência.
Recuando ao ano de posse desta direção. O número de associados foi um tema envolto em dúvidas, muito se escreveu e por muitos foi escrito — contagens que ninguém explicou e com um processo eleitoral que, curiosamente, teve um número de votos anormalmente elevado. Em 85 anos de história, nunca se tinha visto tamanha afluência. Dúvidas se levantaram.
Mas o tempo mostrou que as desconfianças não eram infundadas. A transformação da nossa SAD foi conduzida sem debate, sem auscultação, sem transparência. A verdade é que, enquanto sócios, fomos espectadores de um processo que devia ter sido profundamente participativo. Fomos deixados de fora de uma das decisões mais estruturantes da história do Rio Ave FC. Um processo feito nas costas de quem construiu este clube com paixão, suor e amor à camisola.
E as consequências estão à vista. A transformação da SAD não foi apenas jurídica ou administrativa — foi emocional, cultural e humana. O clube mudou de rosto, mas também de alma. Foram saindo figuras com décadas de dedicação. Pessoas que deram tudo pelo Rio Ave, que sempre estiveram lá, sem holofotes, mas com uma entrega genuína. Diretores, funcionários, até presidentes-adjuntos. Foram todos substituídos, sem explicações claras, como se o passado pudesse ser varrido sem qualquer comunicação.
Entretanto, a ligação entre o clube e os seus sócios vai-se desfazendo. Basta olhar para os números de assistência nos jogos que tendem a não aumentar face ao aumento exponencial de sócios que existiu. Onde antes havia entusiasmo, há agora desinteresse. Onde antes havia orgulho, há agora resignação no final dos jogos.
O Estádio dos Arcos, que já foi símbolo de união, está cada vez mais vazio de espírito. Os números do relatório e contas que hoje analisamos são o espelho disso mesmo — menos apoio, menos receita, menos vida.
Tudo isto acontece sob uma liderança cada vez mais centralizada, unipessoal, em que a presidente parece falar por todos.
A direção, na prática, foi remetida para o silêncio. O clube, que devia ser plural, tornou-se uma estrutura vertical onde as decisões se tomam num gabinete e não em conjunto com quem faz o clube viver: os seus sócios e com vocês dirigentes.
E chegamos agora ao ponto mais sensível: a acumulação de cargos. A presidente do clube é também presidente da SAD. E por mais voltas que se dê, isto é, no mínimo, um enorme conflito de interesses.
Porque quem é presidente da SAD tem o dever de defender os interesses da SAD.
E quem é presidente do clube tem o dever de defender o clube.
Mas quando as duas cadeiras são ocupadas pela mesma pessoa, quem defende o quê?
Dou apenas alguns exemplos práticos:
Como já aconteceu inúmeras vezes no futebol nacional e internacional: Quando a SAD tem uma dívida ao clube, ou deixa de pagar uma verba que deve — quem é que cobra?
Será que é Alexandrina Cruz, presidente do Rio Ave Futebol Clube, que vai exigir o pagamento… à Alexandrina Cruz, presidente da SAD do Rio Ave, nomeada precisamente pelo detentor da SAD para defender os interesses da SAD?
E quando há uma negociação de cedência de espaços, como aconteceu há pouco mais de um mês — quem representa o arrendatário e quem representa o arrendador?
Será que Alexandrina Cruz, presidente do Rio Ave Clube, senta-se à mesa para negociar as melhores condições financeiras para o clube… com a Presidente da SAD do Rio Ave, também ela Alexandrina Cruz, que por sua vez está lá para defender os interesses da SAD?
Como é que terá sido a decisão de perdoar uns milhares de euros à SAD na época passada por parte do Clube?
Terá sido a Presidente do Rio Ave FC, Alexandrina Cruz, que se sentou com a Presidente da SAD do Rio Ave, também Alexandrina Cruz, para decidir qual a verba que melhor servia os interesses do clube… e simultaneamente os da SAD?
E mais: no dia em que os interesses do clube não coincidirem com os interesses da SAD como acontece imensas vezes no futebol nacional e internacional — o que vai acontecer?
Irá Alexandrina Cruz, presidente do Rio Ave FC, bater-se de razões e decidir ir para a esquerda, quando Alexandrina Cruz, presidente da SAD do Rio Ave, quiser ir para a direita?
Como é que isto é possível?
Como é que alguém pode achar que esta situação serve o clube, a transparência ou os sócios?
Estas perguntas são simples, mas as respostas não o são.
E é precisamente por não haver respostas claras que a transparência se perdeu.
O que se viu, foi um representante vender parte de uma empresa a outra entidade e depois ir presidir à empresa, sendo eleita pelo seu proprietário, para a qual vendeu tendo decidido o preço e condições da venda ao seu novo "empregador",
Tudo sem que ninguém da restante direção ache isso estranho e o manifeste publicamente.
O Rio Ave sempre foi um exemplo de clube sério, respeitado, com identidade. Mas hoje vivemos tempos em que as decisões se tomam em círculos fechados, onde o contraditório é visto como afronta e onde as vozes críticas são censuradas, desvalorizadas e atacadas.
Nós sócios e também vocês dirigentes, não podemos aceitar que o clube se transforme num instrumento ao serviço de vontades individuais. O Rio Ave é maior do que qualquer presidente e maior do que qualquer mandato. Seja Alexandrina ou outra pessoa a presidir este dois órgãos em simultâneo.
E por isso, esta intervenção é, acima de tudo, um apelo.
Um apelo para que o Rio Ave volte a ser dos sócios e representado por todos os seus dirigentes.
Que volte a ser transparente, participativo e vivo.
Que volte a ser o Rio Ave que aprendemos a amar — de todos, e não apenas de alguns.
Por isso, reforço o apelo que fiz no passado dia 3 de outubro:
Senhora Presidente, demita-se.
E não caia na tentação de se recandidatar, escudando-se do seu “exército” para tentar validar, através de um processo eleitoral, aquilo que é — e continuará a ser — um claro conflito de interesses.
Nenhum ato eleitoral confere legitimidade a uma situação eticamente indefensável.
Muito menos quando é sustentado pela força de um grupo fiel, e não pela vontade genuína dos verdadeiros sócios.
Mas como sei que em caso algum se demitirá, então deixo estas duas situações para as quais gostaria de obter esclarecimentos diretos da sua parte:
No dia em que os interesses do clube não coincidirem com os interesses da SAD como acontece imensas vezes no futebol nacional e internacional — como é que se irá posicionar?
Se o investidor quiser adiar a construção da bancada para 2029 por exemplo, o que dirá a presidente do Rio Ave FC?
Ter ou não ter a maioria na SAD, eis a questão (esclarecimentos sobre uma comparação infeliz)
Pergunto: o que é que isso vale, exatamente?













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