7.3.10

(Naval) Até podia ter dado para a vitória, mas foi pobre

Se leram as minhas notas individuais já perceberam uma coisa: quando os melhores jogadores são o trinco e o guarda-redes, algo se passa numa equipa.
Ainda assim, é preciso dizer que o Rio Ave teve lances suficientes para marcar; o guarda-redes do Paços fez quatro defesas espectaculares (a dois remates de Vítor Gomes, a um cabeceamento de Tarantini e a um canto de Bruno Gama, se não estou em erro). O empate pode ser um pouco injusto mas não é o por completo (a Naval é uma equipa muito parecida com o Rio AVe em vários aspectos e também teve uma ou duas oportunidades para marcar).
Mas foi mais uma vez um jogo pobre. Um filme já visto, várias vezes esta época. Na segunda parte pareceu que todos jogavam para o pontinho.
O ataque resumido ao que Bruno Gama faz, uma defesa com um ou outro sobressalto, mas sobretudo esta grave lacuna: o Rio Ave não tem um jogador que 'arme' o jogo atacante no meio campo. O jogo de ontem foi disso prova: o Vítor que me perdoe, mas não foi o organizador que o Rio Ave precisou. Não foi aquele jogador que 'enche' o campo, que faz as transições, que tanto está perto dos trinco como dos homens mais avançados. Acredito que não haja outro jogador no plantel com melhores características do que o Vítor, mas isso só reforça o que aqui sempre se disse: esta posição é a maior lacuna do plantel [raramente perco a paciência durante o jogo e ontem dei, por duas vezes, um berro ao Vítor, por estar parado, longe da bola].
Vilas Boas e Carlos ficam como os melhores em campo e não faço mais destaques.
Para Brito nota 2: gostei que tivesse apostado noutros jogadores (Fogaça), apesar de não ter resultado. Quando não dá para mais não dá mesmo. A nota 2 é porque me pareceu que podia ter mexido mais cedo e porque que lhe faltou fazer um forcing para ganhar o jogo, optando por manter o empate.