28.12.25

(4-0 em Alvalade) Quando se joga mal e o treinador não ajuda...

Na época passada o Rio Ave foi a Alvalade na primeira jornada e perdeu 3-1. Quando a equipa recolhia aos balneários o telefona já tocava. Indicativo? Grécia. Era Marinakis a despedir Luis Freire. Como é sabido, conseguiram-no convencer do disparate que seria tal coisa, mas se conto este facto é porque o telefone hoje não tocou nem tocará.

Sotiris, esse, continua o seu estágio profissional na empresa Rio Ave SAD: E a cometer erros (ou a ter opções no mínimo duvidosas). Hoje pensou que poderia repetir o empate na Luz, mas, quando se joga mal, só por milagre se pontua. E o Rio Ave jogou mal, sendo que no ataque foi quase inexistente. Salvou-se a defesa, na primeira parte,

André Luiz, Vroussai e Aguilera no banco não lembra ao diabo (e já sem Clayton, a cumprir castigo). Zoabi foi o ponta de lança nas primeiros 45 minutos e nada se viu. Gual não jogou porquê? Na segunda parte não houve ponta de lança.

Penalti por marcar na segunda parte sobre André Luiz, que, contra tudo e contra todos, ainda conseguiu criar um ou dois lances de perigo. Mesmo assim as estatísticas dizem que houve zero remates à baliza.


 

Sporting CP 4 - 0 Rio Ave SAD (podia ter sido pior)




A estratégia do Rio Ave passou por retardar ao máximo o golo do Sporting para que depois pudesse jogar com a entrada de André Luís e jogasse com a velocidade e frescura do jogador perante uma equipa que se iria abrir mais na segunda parte. 
Prova disso é André Luís ter começado no banco e termos alinhado com 4 centrais (Ntoi adaptado no meio campo), 2 laterais e um médio defensivo (Liavas).

Se é verdade que foi algo que não foi conseguido (Sporting chegou a vantagem aos 34 minutos - Athanasiou adormeceu num canto), também não deixa de ser verdade que o Rio Ave chegou a segunda parte dentro do jogo e com a possibilidade de conquistar algo em Alvalade.

Na primeira parte o Rio Ave foi competente e apesar de um maior domínio do Sporting e de um par de oportunidades, o Rio Ave foi coeso a defender.
Na segunda parte, entrou André Luís para explorar as costas dos defesas do Sporting e incomodou mais a defesa do Sporting em 5 minutos do que Zoabi nos primeiros 45min.
No entanto o segundo, terceiro e quarto golo do Sporting aos 53min, 59min e 60 min respectivamente deitaram abaixo qualquer estratégia que teria sido montada ao intervalo.

Athanasiou responsável no primeiro e terceiro golo para mim foi o pior em campo.
Para além da falta de agressividade nos lances que dão golo, esteve muito errático.
Liavas também tem novamente responsabilidade num golo do adversário (parece uma constante).

Sotiris tentou implementar uma tática identifica ao jogo da Luz. Na altura, a jogar muito mal, conseguiu conquistar um ponto. Hoje a jogar mal (apesar de alguma competência na primeira parte), trouxe zero da Luz.

Resultado justo e que podia ser ainda mais pesado.

25.12.25

Mais um despedimento e desta vez do "núcleo duro" da SAD - durou apenas 5 meses

 


Ignacio Beristain, contratado pela SAD do Rio Ave em julho de 2025 para exercer funções como CEO, foi despedido e deixará oficialmente o clube no final deste mês.

Aquando da sua apresentação pública, Beristain foi anunciado como “administrador executivo do Conselho de Administração”, uma designação que lhe atribuía um papel central na estrutura diretiva da SAD. No entanto, apesar do anúncio, nunca constou oficialmente como administrador do Conselho de Administração da SAD do Rio Ave, ficando pouco claro o enquadramento efetivo das suas funções ao longo do seu curto percurso em Vila do Conde.

A saída de Ignacio Beristain surge poucos meses após a sua entrada, levantando naturalmente questões sobre a estabilidade da estrutura executiva da SAD e sobre a estratégia definida para a liderança do clube.

A SAD para já não comunicou a sua saída mas o Reis do Ave sabe que a decisão já está tomada.



(anuncio publicado no site do Rio Ave no momento da sua apresentação)

21.12.25

(2-2 em Barcelos) Acabou por correr bem

Em duas linhas: na primeira parte fomos completamente dominados e até parecia, em certos momentos, um massacre. 15 remates deles contra 1, nosso. Golo. Na segunda equilibrámos mais e até podiamos ter vencido. Seria injusto. A haver um vencedor seria o Gil Vicente.

Outras notas:

- Que diferença sem Vroussai, João Tomé é um jogador tecnicamente limitado.

- Brabec voltou ao onze, o melhor dos cinco defesas.

- André Luiz está a valorizar-se muito e vai dar muito dinheiro aos Marinakis.

- Clayton viu amarelo em circunstâncias curiosas. Terá sido estratégia para ter o jogador em pleno no próximo jogo em casa?

- Golo bem anulado ao Gil Vicente.


 

19.12.25

Jorge Karseladze: Para que servem estes empréstimos?



Depois de mais uma época dececionante dos sub-23, lembrei-me de ir ver o que é feito do Karseladze.

Nas últimas duas temporadas, o Rio Ave tem apostado de forma em colocar vários dos seus jovens jogadores a rodar noutros clubes. Em teoria, é uma estratégia lógica: mais minutos, mais experiência, mais crescimento. Na prática, porém, a realidade tem estado longe de ser tão positiva. Muitos desses empréstimos acabam por não gerar o retorno esperado — nem para o jogador, nem para o clube.

Este fim de semana, dei por mim a verificar como estava a correr a passagem de Jorge Karseladze pela Académica. O jovem georgiano, um dos poucos jogadores contratados ou profissionalizados já durante a presidência de Alexandrina Cruz, chegou a Coimbra com a expectativa de ganhar minutos e evoluir numa Liga 3 competitiva.
Mas os números falam por si: apenas cinco jogos realizados para o campeonato, com duas titularidades, e numa delas acabou substituído ao intervalo.

Isto dificilmente pode ser considerado um empréstimo proveitoso. Para um jogador jovem, em fase decisiva de crescimento, o fundamental é jogar. Rodar. Sentir competição regular. E isso simplesmente não está a acontecer.

A pergunta torna-se inevitável:
não teria sido mais útil permanecer nos Sub-23 do Rio Ave, onde teria garantidos minutos, continuidade e um plano de evolução ajustado à sua realidade?

Os empréstimos só fazem sentido quando o destino oferece condições reais para o jogador crescer. Quando isso não acontece, estamos perante uma oportunidade desperdiçada — e, no limite, um prejuízo para o desenvolvimento de talento que tanto trabalho dá formar.

O caso Karseladze é apenas mais um exemplo que reforça a necessidade de o Rio Ave repensar, com critério e rigor, a forma como gere os seus empréstimos. Porque, para um jovem, jogar pouco é sempre pior do que jogar “apenas” nos Sub-23. E porque, no final, o clube precisa de transformar o potencial em valor — dentro de campo e como ativo.