15.10.25

O desaparecimento de Karem Zoabi



Karem Zoabi chegou ao Rio Ave FC na época passada, proveniente do Hapoel Katamon, com o selo de jovem promessa e rótulo de avançado de futuro. Contudo, passado mais de um ano, continua a ser um jogador envolto em incógnitas: qual é realmente o seu potencial? O que pode acrescentar ao plantel? Está a ser bem gerido?

A verdade é que Zoabi nunca foi uma verdadeira alternativa a Clayton. Na época de estreia, realizou 13 jogos oficiais, quase todos com entradas nos minutos finais. Foi titular apenas em encontros da Taça de Portugal, contra equipas de escalões inferiores ou quando Clayton esteve castigado. Fora isso, teve ainda 6 jogos pelos sub-23. A ideia que ficou foi clara: o jovem avançado não estava ainda preparado para disputar um lugar na equipa principal.


Um ano depois… continua parado

Se a época passada já tinha sido curta em oportunidades, a situação esta temporada é ainda mais preocupante:
  • 0 minutos na equipa principal
  • 0 minutos nos sub-23
  • Apenas figurou uma vez na ficha de jogo da equipa principal

Com apenas 19 anos, Zoabi está numa fase decisiva para a sua evolução. Um avançado jovem precisa de jogar, errar, aprender, corrigir, ganhar confiança. O tempo passa e o jogador arrisca-se a entrar numa espiral perigosa: perder competitividade, perder ritmo, perder motivação.

Se o treinador principal não conta com ele, então é preciso encontrar uma solução rapidamente. Existem duas alternativas óbvias:

  • Reintegrá-lo nos sub-23, onde pode somar minutos e continuar a evoluir;
  • A aposta pode passar até pelos sub-19, onde, pela idade, ainda é elegível e poderia assumir um papel de destaque.

É preferível um jogador fazer 70 a 90 minutos semana após semana num contexto competitivo inferior do que passar 90 minutos sentado no banco… ou pior, na bancada. Manter Zoabi parado é desperdiçar um ativo do clube e, pior ainda, prejudicar a carreira de um jovem que ainda vai a tempo de crescer.


14.10.25

Sobre a nova atualização: Alexandrina Cruz com Poderes Executivos na SAD




O que era uma incompatibilidade teórica e ética, transformou-se numa situação mais grave com a recente divulgação do novo Conselho de Administração da Rio Ave SAD
Não basta Alexandrina Cruz ser Presidente da Rio Ave SAD (o detentor da maioria do capital social da SAD) e, simultaneamente, Presidente do Rio Ave FC; agora, sabemos que detém poderes executivos na SAD.

Esta concentração de poder é inaceitável e destrói qualquer resquício de separação de interesses. A Presidente do Clube, que é suposto zelar pelo património e pela defesa intransigente dos sócios e da instituição, passa a ser a principal gestora e decisora operacional da entidade que deve pagar ao Clube e que tem, por natureza, uma lógica de mercado e lucro.

A Incompatibilidade Prática e Operacional

Com poderes executivos na SAD, a Presidente tem a responsabilidade de maximizar o desempenho financeiro e desportivo da SAD. Ao mesmo tempo, como Presidente do Clube, tem o dever de negociar em nome do Clube, por exemplo:

  • Ainda há uns meses houve um desconto feito por parte do clube à SAD relativamente à renda anual. Qual é a sua avaliação relativamente a este desconto feito por Alexandrina Cruz à SAD?
  • Utilização de Infraestruturas (com o novo terreno): Irá a decisora executiva da SAD assinar um contrato oneroso com o Clube, que ela própria representa na outra "cadeira" ou perdoará qualquer aumento de na renda anual?

A resposta é evidente: não há negociação, há apenas uma decisão única. Os interesses do Clube deixam de ser defendidos por uma voz independente e passam a ser submetidos à lógica executiva da SAD.


O Silêncio Cúmplice da Direção do Clube

É particularmente revoltante a passividade da restante Direção do Rio Ave FC. Perante um cenário de conflito de interesses de tamanha dimensão, o silêncio dos restantes membros é ensurdecedor. Onde está o compromisso destes dirigentes para com os sócios que os elegeram? O seu dever é questionar e exigir a separação de cargos para salvaguardar a autonomia do Clube. Ao não o fazerem, tornam-se cúmplices de uma situação que coloca os interesses da instituição em risco.


Completo o novo Conselho de Administração da SAD: Alexandrina é mesmo administradora executiva

[As minhas dúvidas sobre o facto de AC ser administradora executiva ficaram aqui

Dos três administradores executivos, provavelmente apenas Alexandrina estará em permanência em Vila do Conde, o que lhe dará realmente (todo?) o poder de decidir. Mais corretamente, deve dizer-se 'das três administradoras executivas', já que são três mulheres, certamente um caso único a nível mundial!

Como não consta da lista, pode concluir-se que Beristain já saiu: "Fará ainda parte, como administrador executivo, do Conselho de Administração," dizia o Rio Ave em julho 2025 - ou seja, durou três meses!)

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO:

Nome: MARIA ALEXANDRINA DA SILVA COSTA CRUZ
Cargo: Presidente e Administradora Executiva


Nome: ANNAMARIA RABUANO (Trabalhou na AS Roma, com Lina Souloukou, mas a sua contratação não foi anunciada até agora)
Cargo: Administradora Executiva


Nome: EVANGELIA SOULOUKOU
Cargo: Vogal e Administradora Executiva


Nome: LUÍS PEDRO GUEDES RIBEIRO LOPES MACIEIRINHA (Pedro Macieirinha tem sido o advogado do Rio Ave nos últimos meses, mas a sua ligação já vem desde 2021)
Cargo: Vogal

 Nome: LUÍS FILIPE ALMEIDA DE OLIVEIRA
Cargo: Vogal

5ª folha salarial mais elevada da Primeira Liga?

 Através do site Capology, um dos mais citados quando se trata de salários de jogadores (ainda que, em muitos casos, se trate de valores não confirmados), chegámos à conclusão de que o Rio Ave tem a 5ª folha salarial mais elevada da Liga.

(clicar para aumentar as imagens) 


 

 

Entre os elementos do plantel, Omar Richards destaca-se.

A lista completa aqui
 

Miszta quebra ciclo na baliza do Rio Ave





O resultado da última jornada frente ao Tondela (3-0) trouxe uma curiosidade que passou despercebida à maioria, mas que merece destaque: o guarda-redes Cezary Miszta alcançou uma marca pessoal inédita desde que chegou ao Rio Ave.

O guardião polaco, que soma 34 jogos no campeonato com a camisola rioavista, conseguiu pela primeira vez manter a baliza inviolada em dois jogos consecutivos.

Em agosto, tinha chamado a atenção para um dado curioso — até então, Miszta tinha sofrido golos em 26 dos seus primeiros 29 jogos no campeonato, evidenciando uma tendência difícil de contrariar. No entanto, os dois últimos encontros inverteram esse padrão, demonstrando não só uma melhoria defensiva da equipa, como também o bom momento individual do guarda-redes.

Mais do que uma estatística, este registo pode representar um sinal de estabilidade e confiança para o setor defensivo do Rio Ave, que tantas vezes tem sido alvo de críticas ao longo das últimas temporadas.


12.10.25

Futsal 5-1 ao Caxinas: vitória sem contestação

A diferença entre as duas equipa ficou bem evidente ao longo do jogo. O Caxinas até teve os dois primeiros lances de perigo, mas a partir daí o Rio Ave mostrou mais qualidade, coletiva e individual.

Foram 5, podiam ter sido mais.

Nota para o facto de o nosso guarda-redes Moreira ter sido expulso a meio da partida, mas o seu 'suplente' esteve à altura.

Góis voltou a fazer das suas e é cada vez mais um caso sério, mostrando que valeu bem o esforço de querer recontratar. Nota muito positiva para a exibição de Dinis.

Com esta exibição e com este resultado, os Rioavistas (que lotaram a parte do Pavilhão que era da sua 'responsabilidade', como se percebe pela foto) só podem esperar coisas boas desta equipa a partir de agora. 

Foi uma festa do futsal em Vila do Conde, mas apenas os de verde e branco puderam rir no final. 


 

10.10.25

Nomeação de Alexandrina Cruz: antes de formar opinião, leia este exemplo de incompatibilidade


Na passada sexta-feira, fomos confrontados com a notícia de que a Presidente do Rio Ave FC, Alexandrina Cruz, foi também nomeada Presidente da Rio Ave SAD.

Na altura, escrevi um texto a exigir a sua demissão imediata da presidência do Clube, por considerar esta acumulação de funções uma incompatibilidade absoluta.
Foi um artigo que disputou imensa curiosidade entre o universo Rioavista, prova disso são as mais de 2500 visitas que o nosso blog recebeu sobre este assunto.
As reações nas redes sociais dividiram-se: uns entenderam que, perante este cenário, a Presidente deveria colocar o cargo à disposição, outros viram esta nomeação como algo positivo, alegando que poderia facilitar a comunicação entre Clube e SAD.

Independentemente das opiniões, há um facto que não muda para mim: isto é uma incompatibilidade total, sem espaço para interpretações.

Um trabalhador vende parte de uma empresa a outra entidade, e depois é nomeado Presidente da empresa compradora?
Onde está a independência?
Onde está a separação de funções?
Onde está a defesa dos interesses do Rio Ave Futebol Clube e dos seus sócios?

Mas deixemos, por momentos, o caminho que levou a este desfecho — previsível, diga-se — e olhemos para os casos concretos que mostram, de forma inequívoca, a gravidade da situação.

Imaginemos a seguinte situação:

1. A questão da renda e da tempestade “Martinho”

Na sequência da tempestade “Martinho”, a Direção do Clube, presidida por Alexandrina Cruz, decidiu aplicar um desconto na renda mensal paga pela SAD ao Clube.
Esse desconto será refletido nos relatórios e contas da época anterior e da atual (no mínimo). Isto foi-nos informado pela própria na assembleia de Junho.

A justificação apresentada aos sócios na Assembleia foi clara:

As rendas do estádio não foram cobradas à SAD a 100%, devido à intempérie, pois o estádio ficou inutilizável — seria ilógico cobrar algo que não poderia ser usado.


2. O terreno cedido pela Câmara Municipal

Em julho passado, a Câmara Municipal de Vila do Conde cedeu ao Rio Ave FC um terreno de 17 mil metros quadrados.
Pouco depois, o Clube cedeu esse mesmo terreno à SAD para usufruto, entidade arrendatária do Estádio dos Arcos.

Traduzindo em números:
A SAD, que pagava 15 mil euros anuais ao Clube pelo uso das instalações, passou a usufruir de mais 17 mil metros quadrados — sem que se saiba se o valor da renda foi atualizado.


3. E agora?

A pergunta impõe-se:
Irá a Presidente do Rio Ave FC exigir à SAD — presidida pela mesma pessoa — um aumento da renda anual?

Como é que esse processo se desenrolará?
Veremos Alexandrina Cruz, na qualidade de Presidente do Clube, a propor um aumento?
E, logo de seguida, na qualidade de Presidente da SAD, a rejeitá-lo?

Irá defender duas posições opostas, em duas cadeiras diferentes, na mesma sala?

Poderá surgir o argumento de que a SAD está a investir valores significativos nas infraestruturas e que, no futuro, essas mesmas infraestruturas reverterão para o clube.
Mas será que o acordo parassocial foi tornado público, de forma a garantir que essa salvaguarda está realmente assegurada?


De acordo com declarações da própria Alexandrina Cruz, numa assembleia geral, a SAD pode renovar o contrato de exploração dos terrenos por períodos sucessivos de cinco anos, sem limite para o número de renovações.
Isto significa que, caso assim o entenda, a SAD poderá continuar a explorar os terrenos — que pertencem ao clube — por tempo indeterminado.

Em termos práticos, poderemos vir a ter a SAD a explorar mais de 17 mil metros quadrados sem que o clube veja um único euro adicional de renda, e sem que, no futuro, as benfeitorias realizadas revertam efetivamente para o Rio Ave FC.

Por outro lado, importa questionar: irá a Presidente do Clube exigir a si própria, enquanto líder da SAD, que o Rio Ave FC tenha mais espaço disponível para as suas escolinhas, numa altura em que faltam campos para tantos jovens interessados?
E se a SAD se opuser, Alexandrina Cruz dirá “não” ao seu novo empregador?


A verdade é que esta duplicidade de funções é insustentável (pouco interessa se é ou não executiva - fontes minhas dizem que não).
É um conflito de interesses evidente, que coloca em causa a autonomia, a transparência e a defesa dos interesses do Rio Ave FC.

Mais grave ainda é a passividade com que a restante Direção do Clube assiste a tudo isto, como se fosse algo normal.
Não é normal.
Não pode ser visto como positivo.
E muito menos pode ser aceite em silêncio.

Como é que o Clube lutará pelos seus interesses quando quem o representa é a mesma pessoa que lidera a entidade que pode ter interesses opostos?

O Rio Ave FC merece uma liderança independente, transparente e unicamente comprometida com o Clube e com os seus sócios.
Por isso, Alexandrina Cruz deve apresentar mesmo a sua demissão do cargo de Presidente do Rio Ave FC.
Não sei se lhe passará pela cabeça pedir um voto de confiança na próxima Assembleia, mas todos sabemos como é que a sala das assembleias se enche em momentos decisivos - seria atirar areia para os olhos, seria mais um teatro.

Deve mesmo apresentar a demissão.

Tudo o resto é fazer de conta.

9.10.25

Derbi histórico em Vila do Conde: Rio Ave e Caxinas frente a frente na Primeira Divisão de Futsal




Este fim de semana faz-se história. Pela primeira vez, o Rio Ave FC e o Caxinas vão defrontar-se num jogo da Primeira Divisão de futsal.

Não sei se haverá muitos casos semelhantes, mas não deixa de ser verdadeiramente notável que uma freguesia — e também cidade — com pouco mais de 6 km² tenha duas equipas a competir no principal escalão nacional. É algo que diz muito sobre a força do futsal em Vila do Conde.

O jogo está marcado para sábado, às 17h30, no Pavilhão de Desportos de Vila do Conde, e acredito que teremos casa cheia. Será interessante perceber por qual das equipas a gente de Vila do Conde vai puxar — se pelo histórico Rio Ave ou pelo consolidado Caxinas.

Por se prever um ambiente vibrante e uma forte afluência, deixo uma sugestão à direção do Rio Ave: que sejam adotadas medidas preventivas para garantir que nenhum sócio do clube fique à porta, em detrimento de adeptos adversários, salvaguardando naturalmente a quota mínima de bilhetes destinada ao Caxinas.

Acima de tudo, espera-se um grande espetáculo de futsal, vivido com rivalidade saudável, respeito mútuo e paixão pela cidade. Afinal, este é um daqueles jogos em que, independentemente do resultado, Vila do Conde sai sempre a ganhar (e que seja o Rio Ave) 

8.10.25

SAD e Clube podem e devem ser complementares; mas nem sempre isso vai acontecer. Por isso...

Volto a um tema incómodo que nos últimos dias agitou o universo Rioavista: a nomeação da Presidente Alexandrina Cruz para presidente da SAD.

Apesar da esmagadora maioria das reações (redes sociais) ter sido para congratular a Presidente, dois dos nossos textos (os mais críticos, por sinal, aqui e aqui) tiveram uma soma de mais de duas mil leituras no blogue, o que dá mais do que os adeptos que estiveram domingo a ver o jogo com o Tondela😅.

Ou seja, embora a reação-tipo tenha sido 'parabéns e beijinhos', há mais a dizer.

E por isso aproveito o momento para deixar duas ideias:

- o ideal é que Clube e SAD andem sempre em sintonia. Mas sabemos que isso é impossível. É ao Clube que compete defender os interesses dos sócios e não à SAD. Se a SAD não está mito preocupada com a falta de transmissão do jogo da Taça de Portugal cabe ao Clube 'apertar' a SAD. É um exemplo muito pequeno, eu sei, mas mostra como Alexandrina Cruz pode vir a ficar numa corda bamba, sem saber para que lado cair. Por isso acho que seria de evitar (dei outros exemplos mais relevantes aqui, por isso não os repito agora).

- Acredito convictamente em que se, na época em que o então presidente do Rio Ave FC decidiu gastar o que tinha e sobretudo o que não tinha para subir de divisão, tivesse havido oposição, vozes a alertar para os riscos e consequências, o Rio Ave não teria falido e não seria obrigado a vender a sua SAD a este investidor – até o poderia ter feito, mas noutras condições. Mas não. Todos ou quase todos, a começar pela então vice-presidente e a acabar em sócios anónimos como eu, ficámos calados e o resultado foi o que se viu. E se falo disto agora é apenas por, nesta altura, vivermos exatamente uma situação que exige que as dúvidas sejam expostas. Alto e bom som. Sem medo. Lamento por isso que juristas com história de ligação ao Rio Ave estejam em silêncio, em vez de alertarem para as dúvidas ético-legais que deveriam ser devidamente discutidas. O mesmo silêncio do passado. Depois não venham com estórias...


 

 

7.10.25

Rúben Góis: o motor ofensivo do Rio Ave FC (Futsal)




Quatro jornadas, quatro golos. Todos com a mesma assinatura: Rúben Góis.

A importância do pivot na equipa de futsal do Rio Ave é, neste momento, inegável.

Por um lado, os números refletem a influência que o jogador tem no ataque do Rio Ave — é ele quem carrega o peso dos golos e quem, em muitas ocasiões, dá vida às manobras ofensivas da equipa. Por outro, esta dependência acaba também por expor uma fragilidade: o Rio Ave vive demasiado do talento e da inspiração de um só jogador.

Quem acompanhou Rúben Góis na época passada já sabia do que era capaz. Os números falavam por si: golos (28 - 25 pelo Rio Ave e 3 pelo Leões de Porto Salvo ), assistências e uma capacidade de decisão fora do comum para o escalão em que jogava. Era, sem dúvida, um jogador de primeira divisão à espera da oportunidade certa.

Agora, com o Rio Ave de regresso ao principal escalão, Góis confirma todo o seu valor. A diferença de nível não o intimidou — pelo contrário, parece ter reforçado a sua confiança. As suas exibições têm deixado boas indicações e demonstrado que o futsal português continua a produzir jogadores de enorme qualidade.

Contudo, e olhando para o coletivo, fica o alerta: uma equipa não pode depender exclusivamente de um nome, por melhor que ele seja. O sucesso na Primeira Divisão exige soluções variadas, alternativas de golo e uma maior diversidade ofensiva. E eu acredito que a nossa equipa tenha essa diversidade ofensiva no plantel.

André Luiz eleito Jogador da Semana pela GoalPoint

 

A plataforma GoalPoint, já bem conhecida de todos os adeptos e amplamente reconhecida no panorama futebolístico nacional, destacou esta semana um jogador do Rio Ave FC.

André Luiz foi eleito Jogador da Semana da Liga Portugal, após a excelente exibição que rubricou na última jornada, coroada com um golo.

Fica o registo e a partilha dos dados estatisticos do jogador este fim de semana com todos os nossos leitores — que continuem a vir mais distinções como esta!




6.10.25

(3-0 ao Tondela) O que mudou

 1. O trio de centrais está estabilizado; Brabec voltou e é, para mim, não apenas o patrão mas também um dos melhores centrais do campeonato português; veremos quão estou errado.

2. Sotiris tem finalmente um onze. Estabilizado. Isso só pode ser bom. Omar pode ser melhor jogador do que Nikos, mas este (está a) joga(r) mais.

3. A minha única dúvida no onze é a presença de Spikic a extremo esquerdo. Ainda não vi nada de jeito e ontem foram mais as vezes em que passou a bola a Nikos do que aquelas em que ele próprio arriscou e foi à linha cruzar. Jogador pouco combativo e que se 'esconde' no um-para-um.

4. A verdade é que existindo pelo menos mais dois extremos no plantel (Medina e o jovem brasileiro ex-Botafogo), não havia nenhum no banco, onde, aliás, só estava um avançado, além de três defesas).

5. Ntoi a médio defensivo não ajuda à construção mas dá consistência defensiva. Penso, contudo, que estão aqui os problemas futuros do Rio Ave: Aguilera sente-se muito sozinho no processo de construção (e pode ser facilmente anulado), o que leva a equipa a apostar essencialmente nas laterais e nos passes em profundidade.

6. Clayton e sobretudo André Luiz voltaram a dar alegrias e é isso que se pede a esta dupla.

7. O melhor em campo: Vroussai. É um jogador à Rio Ave, no sentido de nunca virar a cara a luta, de não dar uma bola como perdida e de correr quilómetros. Na primeira parte foi o nosso homem mais perigoso, também porque, ao contrário dos últimos jogos, apareceu finalmente em terrenos mais adiantados.

8. Até a atitude no banco, perante algumas decisões pouco compreensíveis do banco, foi diferente. Já não parecia o elenco da última temporada de Walking Dead... 

9.  O pior do jogo: a equipa entrou na segunda parte demasiado encolhida, a descansar do 2-0. Se o Tondela tivesse feito o 2-1 provavelmente teriamos um filme já antes visto.



O Tondela foi a equipa mais fraca que defrontámos, uma equipa com evidentes limitações individuais. Isso também ajuda a explicar a nossa vitória, mas houve mais mérito nosso do que demérito do adversário (2-0 seria o resultado justo).

Fim de semana perfeito para as equipas profissionais do Rio Ave




Foi um fim de semana de boas notícias para o universo RioAvista. Tanto a equipa principal de futebol, como a formação sénior de futsal, conquistaram as suas primeiras vitórias nos respetivos campeonatos — algo que há muito era aguardado pelos adeptos.

No Estádio dos Arcos, o Rio Ave SAD recebeu e venceu o Tondela por claros 3-0, numa exibição sólida e convincente. Spikic, André Luiz e Clayton assinaram os golos que valeram três pontos importantes e uma injeção de confiança num grupo que procurava, há várias jornadas, uma vitória para o campeonato.

Já em terras beirãs, no Fundão, a equipa sénior de futsal do Rio Ave FC também deu um passo importante na sua caminhada, ao bater o adversário por 1-0, com Rúben Góis a apontar o único golo da partida. Um triunfo também ele, o primeiro do campeonato.

Duas vitórias, dois sinais positivos que há tanto procurávamos.


Resumo do fim de semana de formação do Rio Ave



O fim de semana da formação do Rio Ave ficou marcado por um misto de resultados.

No escalão de Sub-17, o Rio Ave protagonizou uma reviravolta memorável diante do SC Beira-Mar. Depois de se ver em desvantagem por 0-2, o Rio Ave respondeu com grande atitude. Diago reduziu aos 44 minutos, Gabriel Leite igualou a partida aos 57’, e Mateus Martins, já perto da reta final (69’), completou a cambalhota no marcador, fixando o resultado em 3-2. Uma vitória de raça e de caráter.




Já os Sub-19 não conseguiram evitar a derrota caseira frente ao FC Famalicão, numa partida que terminou 1-2. O golo Rioavista foi apontado por Mathéo Maignez, mas não foi suficiente para evitar o desaire.



Nos Sub-15, a deslocação a Famalicão terminou em festa. O Rio Ave venceu por 2-1, com Enzo Semedo a deixar a sua marca na lista de marcadores e beneficiando ainda de um autogolo adversário para garantir os três pontos.







5.10.25

Primeira vitória da temporada frente ao Tondela




Terminou a partida e está confirmada a primeira vitória do Rio Ave nesta temporada. A equipa do Rio Ave soma agora oito pontos, subindo para uma zona mais tranquila da tabela classificativa.

Os golos foram apontados por Spikic, André Luiz e Clayton.

O Tondela acabou por pagar caro o erro que deu origem ao segundo golo e, apesar de ter assumido maior posse e iniciativa na segunda parte — ainda que com um domínio algo consentido — acabou por sofrer o terceiro.

4.10.25

Estocada final!

A nomeação da presidente do Rio Ave FC, como presidente da Rio Ave futebol SAD é um embuste aos olhos de RioAvistas como eu.


Revista Sábado 8/7/2023 

Nos últimos 3 anos tenho escrito muito sobre esta coisa das contas, dos passivos, dos sócios fantasmas, sobre as assembleias, enfim e também sobre Alexandrina Cruz a presidente do nosso clube. 

 Eu não sei se esta nomeação é uma burla, ou embuste mas que alegadamente cheira a burla lá isso cheira. Eu alertei para esta situação em, agosto de 2023 denunciei o embuste criado em torno das contas provei que a crise do Rio Ave afinal tinha começado em 2020(antes da descida) comparando as contas dos vários anos. Percebi a inércia em torno de ASC e denunciei-a. Em Outubro de 2023 e a seguir á assembleia de 26 de Outubro, falei e voltei a colocar o dedo na ferida, denunciando quem eram os credores e o desastre que seria a partir da tal assembleia geral onde a Sra. Presidente anunciou as suas intenções. Em Novembro de 2023 disse isto:

"Este dia ficará para a história, tanto para o bem como para o mal, e uma coisa é certa, ninguém será responsabilizado por este descalabro, por se ter permitido que o clube fosse vendido a um estranho, sem se saber os contornos da negociata, sem se saber que estatutos a SAD vai ter, quanto vai passar a ganhar o presidente da SAD e restantes membros! - Quais os prémios a atribuir? Enfim, sem se responsabilizar as anteriores direções, vamos dar a quem VENDEU o clube (Alexandrina) com fortes suspeitas de má gestão, o direito de ganhar milhões em salários, sim porque administradores de SAD têm salário, e muito altos…valores, que deveriam entrar nos cofres do clube. Dizem eles que agora é que o clube vai dar dinheiro, sim porque se não é viável agora, que milagre grego é este que transforma os jogadores em ouro? Porque não copiamos o que o grego diz que faz, e não fazemos nós próprios? Precisamente porque não existem e não existirão responsáveis pelo descalabro, e porque nenhum de nós quer entrar em “negociatas” como parece que os que vão entrar nos querem fazer crer ser necessário para o sucesso."

Nesta entrevista ao Jogo já em 2024, a presidente admite que tinha conhecimento dos problemas antes da descida: "Ainda antes de descermos de divisão, a SAD já era tema, já havia dados em que era fundamental para crescermos. Com as quatro presenças europeias, tivemos muitas dores de crescimento. Vimos que, para crescer, precisávamos de mais. A procura de parceiros começou ainda antes de eu assumir a presidência. Depois, descemos de divisão e ficou tudo ainda mais complicado. Deparámo-nos também com uma política desportiva, na minha opinião, complicada, que, de alguma forma, inviabilizava a sustentabilidade financeira. Eu digo muitas vezes que uma descida de divisão tem um impacto de cinco ou seis anos e já com uma solução"

Pois é, e  o que fez para evitar isso? Nada, ela diz que sabia que o negócio seria necessário para salvar o clube...E agora também acham que foi para salvar o clube? A pessoa responsável pela venda do Clube vai agora ganhar dinheiro para defender os direitos da SAD, e quem vai defender o Clube? ela mesma, - acham isso normal? - eu não acho.

Para finalizar porque razão a Sra. Presidente não aceitou fazer a pedido de alguns sócios  uma auditoria forense  ás contas da SDUQ? Vai a Sra. Presidente dizer aos sócios qual será o seu vencimento como presidente do Rio Ave futebol SAD numa demonstração de TRANSPARÊNCIA?

Só a Sra. o poderá responder, mas se a Sra. Presidente tivesse aceite esta auditoria, talvez hoje estaríamos todos a aceitar esta nomeação com grande agrado! 

O poder está instalado, e esta era sem dúvida a estocada final! Parabéns Sra. Presidente.

Assim sendo só me resta pedir-lhe uma coisa: 

 -Demita-se, era um favor que fazia aos sócios!

3.10.25

Incompatibilidade inaceitável - Demissão já!



A notícia que hoje conhecemos é de uma gravidade sem precedentes na história do Rio Ave FC.

A presidente do Rio Ave Futebol Clube, Alexandrina Cruz, acaba de ser nomeada presidente da própria Sociedade gerida por esse mesmo fundo (algo que já tinha escrito aqui que iria acontecer)

A nomeação de Alexandrina Cruz como presidente da sociedade gerida pelo fundo que comprou a SAD é uma incompatibilidade óbvia e inaceitável. Transformar a SDUC em SAD e depois passar a presidir a entidade do outro lado do balcão não é apenas um conflito de interesses: é a negação da lógica mínima de governação democrática e transparente que um clube associativo exige.

Os elementos da direção do clube que, ao aceitarem, validarem ou — pior — normalizarem esta situação, tornam-se cúmplices. Se a restante direção acha isto “normal”, então temos um problema estrutural e ético que ultrapassa um único nome: é sinal de que a direção, como coletivo, deixou de ver o clube como um bem comum dos sócios e passou a olhar para o clube como transação e um lugar de acomodação de vaidades.
  1. Conflito de interesses: uma pessoa que participou da transformação e alienação da SAD não pode, com legitimidade, presidir a sociedade que resultou dessa alienação. É como vender uma casa e, dias depois, sentar-se à cabeça da imobiliária que a comprou — em que papel está a defender os sócios? 
  2. Quebra de confiança: os sócios confiaram poderes à direção do clube; essa confiança não pode ser esvaziada por manobras que beneficiam interesses externos. A legitimidade da governação do clube baseia-se em transparência e em defesa inequívoca dos interesses da coletividade. Como é que Alexandrina Cruz poderá defender os interesses do clube se em certos momentos os interesses do clube poderão ser os contrários da SAD?
  3. Normalização do erro: quando a direção, em bloco, aceita que isto “é normal”, instala-se uma cultura de impunidade. O risco é a institucionalização de práticas onde o clube é meramente instrumento de negócios e não uma comunidade com deveres e memória.

Exemplos de outras SAD em que o Presidente da SAD é o mesmo do clube? Não tenho conhecimento de nenhum caso em que aconteça o clube ser acionista minoritário o processo de condução de alienação (da maioria da capital) ter sido conduzido pela futura presidente (indigitada pelo grupo de investimento) dessa sociedade.

Eis o que exijo, com urgência e sem ambiguidades:

  1. Demissão imediata de Alexandrina Cruz do cargo de presidente do Rio Ave FC. Não existe solução intermédia aceitável: incompatibilidades sérias requerem medidas imediatas.

  2. Assembleia Geral Extraordinária convocada imediatamente pelos órgãos competentes, para os sócios exigirem esclarecimentos formais de todo este processo, com presença obrigatória dos membros da direção.

  3. Divulgação pública e integral dos termos da venda/contrato que originou a transferência da SAD ao fundo — quem comprou, por quanto, todas as clausulas e com que garantias para o clube. Transparência total. (Acordo Parassocial) 

  4. Independência temporária da gestão: até resolução definitiva, criada uma comissão independente (preferencialmente com sócios e elementos reputados, sem conflitos) para garantir que as decisões que afetam o clube não sejam feridas por interesses cruzados.

À restante direção digo isto com clareza: aceitar este estado de coisas, fingir que nada se passa ou procurar “justificar” a nomeação com subterfúgios é uma traição aos sócios. Se a direção acredita que isto é normal, então que saia. Não peçam aos sócios que confiem em quem banaliza conflitos de interesse. Confiar é coisa séria; governar um clube como o Rio Ave FC exige pudor, separação de poderes e serviço público — não a promoção de interesses entre empresas e presidentes.

Um trabalhador vende parte de uma empresa a outra entidade e depois vai presidir à empresa para a qual vendeu tendo decido o preço e as condições de venda ao seu novo "empregador"? Onde está a independência? Onde está a separação de funções? Onde está a defesa dos interesses do Rio Ave Futebol Clube e dos seus sócios?

Não há espaço para desculpas, não há espaço para esperar. A incompatibilidade é evidente!
Não há espaço para meias palavras: Demissão, transparência e responsabilização. Hoje.

Alexandrina Cruz, presidente da SAD - a questão (fundamental) de ter ou não funções executivas

No dia 9 de julho escrevi pela primeira vez sobre a hipótese, para mim já certa, de Alexandrina Cruz vir a ser a presidente da SAD em acumulação com a presidência do Clube.

Gostaria de deixar aqui a minha posição:

1. Idealmente não deveria acumular. Mas infelizmente as coisas têm corrido tão mal na SAD que irá fazer melhor do que esse caso perdido chamado Boaz (e aqui falo dos interesses da SAD e não do Clube, que em muitos casos podem não ser os mesmos).

2. Idealmente não deveria acumular porque há o sério risco de o Clube ser menorizado numa situação de dúvida. Vai ter de sancionar muitas decisões vindas de Atenas ou de Londres (é que lá está Lina, o seu grande apoio...), mesmo que não concorde com elas. Embora também se possa dizer que, estando lá, vai defender melhor os interesses do Clube, fico com muitas dúvidas.

3. Idealmente, se aceita ser presidente da SAD deveria demitir-se de presidente do Clube (poderia ser um gesto pouco mais do que simbólico, mas com valor ético). 

4. O que me parece francamente errado e mesmo perigoso é se Alexandrina Cruz vier a ter funções executivas na SAD. Aí, sim, acredito que os interesses do Clube podem futuramente ser prejudicados.

5. Uma decisão destas não pode ser transmitida através de um comunicado tão lacónico. Deveria ser acompanhado de uma entrevista aos meios do clube em que explica o seu ponto de vista e estabelece os seus limites. O que pensa fazer? Como pensa fazer? Porque aceitou? Os sócios têm dúvidas e direito a serem esclarecidos. 


 

2.10.25

Mais oráculos para a CMTV ("Nikos no banco Athanasiou a paciência")

 

Depois do genial trabalho 👀😁😤com a primeira lista de frases, fomos contratados para fazer os oráculos dos diretos da CMTV.

Aqui ficam mais algumas frases:

- Panzo, logo existo  

- Tobias ou não Tobias, eis a questão? 

Isto só vai Abbey ou a mal (comentário retirado do nosso FB) 

Ntoi a achar graça nenhuma (comentário retirado do nosso FB) 

- Bakoulas lesionado, Ndoi muito? 

- Nikos no banco Athanasiou a paciência 

- Clayton é o único com Olinho para o golo? 

- Sotiris um jogador aos 70 minutos? 

Mais dois processos judiciais (dividas) contra a SAD do Rio Ave







aqui tínha falado sobre o histórico preocupante de processos judiciais e dívidas acumuladas que a SAD do Rio Ave tem vindo a somar nos últimos anos. Infelizmente, a lista não pára de crescer, e nos últimos meses surgiram dois novos processos em tribunal contra a SAD.

O primeiro é movido por José Manuel Silva Oliveira (Jogador Zé Manel), que reclama uma quantia de 7.000 euros. Reclama valores que não foram pagos.

O segundo, mais significativo, é de Pedro Albergaria, ex-diretor desportivo do Rio Ave, dispensado no final da época passada. O antigo dirigente reclama 40.669 euros, valor que, ao que tudo indica, estará relacionado com a rescisão contratual ou remunerações em atraso.

Dois casos diferentes, mas que acrescentam mais peso a uma realidade cada vez mais difícil de ignorar: a SAD do Rio Ave tem um problema crónico de gestão e cumprimento de compromissos. Não me refiro aos montantes, mas sim de dívidas sucessivas que, somadas, vão desgastando a credibilidade e a imagem do clube/SAD.

Tudo isto levanta uma questão que não pode continuar a ser varrida para debaixo do tapete: até quando? Até quando continuaremos a ver a direção do clube (não SAD) a assistir a isto tudo no camarote?

O mais preocupante é que estas situações não são exceções pontuais — são sinais de um padrão que se repete. Cada novo processo é mais uma pedra na mochila pesada que o Rio Ave SAD carrega, e que inevitavelmente fere a credibilidade do clube e da SAD.

1.10.25

"Merecemos mais pontos do que os que temos" - As contas de Sotiris

No final do jogo de Famalicão, Sotiris voltou a repetir esta ideia: "merecemos mais pontos do que os que temos".

Penso que, entre os seus defeitos, não está o facto de ser gabarolas ou desonesto nas observações que faz dos jogos, pelo que faz sentido tentar perceber as contas do treinador:

Rio Ave,1 - Nacional,1 (o Rio Ave poderia ter vencido, mas lembram-se da péssima segunda parte?) seriam + 2

Arouca, 3 - Rio Ave , 3 (o Rio Ave permitiu o empate no final, em jogo equilibrado) poderiam ter sido + 2?

Rio Ave, 2 - Braga 2 (resultado justo porque houve duas partes distintas) +0

Moreirense, 3- Rio Ave, 1 (derrota justa)  +0

Rio Ave, 0 - FC Porto, 3 (derrota justa) + 0

Benfica, 1 - Rio Ave, 1 (o Benfica fez o suficiente para ganhar) -1

Famalicão, 0 Rio Ave, 0 (o Rio Ave não mereceu o empate) -1

Ou seja, com alguma boa vontade podemos admitir que o Rio Ave teria mais dois pontos do que os cinco que tem agora. Mas também se aceita uma outra leitura: que poderia ter menos dois do que tem (os dois últimos empates)


 


 

 

 

30.9.25

Onze jogadores da época passada - o que significa?

Apesar dos 11 reforços que vieram esta época, Sotiris escalou para a equipa inicial que entrou em Famalicão 11 jogadores que já cá estavam (a exceção é Lomboto, mas acho que podemos considerá-lo 'da casa'). 

Ou seja, pelas mais variadas razões (acredito, por exemplo, que haja algum problema físico com Brabec, se não teria sido titular, mas ninguém disso nos informou), o treinador descartou todos os jogadores novos e jogou apenas com os 'velhos'.

Isto pode querer dizer muitas coisas, uma das quais é que ele não considera, pelo menos naquele momento, que os sete que estavam no banco fossem melhores do que os que jogaram (só Abbey e Graça eram da época passada). 

E, realmente, olhando para a lista de suplentes, quem faríamos entrar no onze? Na minha opinião, apenas Nikos, que pode não ser tão bom jogador como Omar, mas joga mais do que ele.

Outra observação: Sotiris, com três meses de trabalho, ainda não conseguiu potenciar qualquer um dos reforços (no sentido de melhorar o seu rendimento).  

 

 

29.9.25

"Tostas Misztas" em A Bola. Aqui ficam sugestões MUITO melhores

 

Demorou mas alguém lá acabou por fazer o inevitável trocadilho, tão inevitável que seria evitável.💪

Ao cuidado dos jornalistas de A Bola, aqui ficam alguns contributos, surgidos esta tarde num grupo de Rioavíssimos:🟢🟢🟢

 -Uma equipa a Pan(zo) e água!

- Dançando Lomboto 

- Uma equipa que até Ndoi ver jogar...

- Vais Omar 

- Vrousai ou vroentra 

- Vais Omar ou Liavas nas trombas

- Tem Graça, mas se jogássemos bem, Tobias os lugares europeus mais próximos 

- Papakanelos ou papa reformas?

- Sotiris ao alvo errado 

- esta SAD é a nossa Cruz😢 

 

 

Famalicão estabelece 3 novos recordes da Liga frente ao Rio Ave

 


Tive oportunidade de o dizer no Rioavissimos de ontem que a única coisa positiva que trouxemos do jogo de ontem foi o resultado porque a exibição foi péssima. 

De acordo com os dados da plataforma de análise estatística GoalPoint (plataforma nacionalmente conhecida e muitas vezes citada pelos clubes - exemplo) , o jogo entre o Famalicão e o Rio Ave foi um jogo em que a equipa adversária estabeleceu 3 novos recordes da Liga.


- mais remates (28) 
- mais acções com bola na área contrária (55) 
- maior ineficácia de remate, com 2,49 xG desperdiçados


O ponto que trouxemos de Famalicão acaba por ser positivo face à exibição (ou não exibição) da equipa do Rio Ave.









 

O que não gostei de ver no jogo das Séniores



Este fim de semana voltei a ver alguns jogos das equipas do Rio Ave. No entanto, queria centrar-me no jogo das seniores femininas. Antes de mais, aproveito para parabenizar a decisão de abrir o Estádio dos Arcos para este jogo – o futebol feminino merece esta visibilidade.

As bancadas estavam bem compostas, fruto da apresentação, ao intervalo, de todas as equipas femininas do clube. Relvado cheio de atletas, treinadores, equipas técnicas e pais – um momento bonito e simbólico.

Mas, no meio deste ambiente positivo, houve algo que me saltou à vista e que foi comentado por vários sócios que estavam no estádio: a descaracterização total dos nossos equipamentos. Dentro de campo, a equipa sénior feminina jogava totalmente de laranja, sem vestígio do verde e branco que sempre nos identificou. Na bancada, todas as atletas surgiam com equipamentos oficiais de treino… azuis. Já as equipas técnicas, para completar o arco-íris, trajavam de vermelho e laranja.

(Apresentação das equipas femininas ao intervalo)

(Onze inicial do jogo com o equipamento utilizado)



É impossível não sentir tristeza perante este corte cada vez maior com a essência do clube. O verde e branco não é apenas uma cor – é identidade, é história... E a sensação que fica é que, se os estatutos não obrigassem, já teríamos até perdido as nossas cores no equipamento principal.

Senti-me triste, e sei que não fui o único. Este sentimento foi partilhado por muitos dos que estavam à minha volta. O Rio Ave pode ter muitos desafios pela frente, mas um deles não deveria ser nunca renegar aquilo que o faz ser o Rio Ave: as suas cores, a sua identidade, a sua alma.



Outras imagens deste fim de semana











28.9.25

(0-0 em Famalicão) Saber defender e ter sorte

 Na primeira parte, o Rio Ave quase só viu o adversário jogar. Em termos de oportunidades flagrantes pode não ter havido grande desequilíbrio, mas em caudal atacante... foi um amasso. Mais uma vez o Rio Ave entrou sem protagonismo, apenas a defender. Penso que o problema está na incapacidade do meio campo construir jogo para o ataque. Além do mais, André Luiz esteve completamente desinspirado e falhou pelo menos dois lances de golo.

O início da segunda parte foi diferente, para melhor. O Famalicão continuou a ter mais e melhores oportunidades, mas o Rio Ave equilibrou, com mais agressividade e posse de bola. Depois vieram as substituições e, como quase sempre tem acontecido, a equipa piorou, acabando o jogo 'com o coração nas mãos'. 

Valeu a capacidade defensiva. Melhor em campo: Vroussai.

Boa estreia de Lomboto; Brabec não esteve sequer nos convocados.

 

Sub-19 do Rio Ave travados em Barcelos após duas vitórias seguidas





Depois de duas vitórias consecutivas, a equipa de Sub-19 do Rio Ave não conseguiu dar seguimento ao bom momento e saiu derrotada da deslocação a Barcelos, frente ao Gil Vicente, por 2-1, em jogo da 8.ª jornada.

O encontro até começou bem para o Rio Ave, que chegou à vantagem aos 37 minutos por intermédio de Gonçalo Dantas. No entanto, na segunda parte, o Gil Vicente entrou mais forte e conseguiu dar a volta ao marcador, fixando o resultado final em 2-1.

Apesar do desaire, o Rio Ave mantém-se nos lugares de apuramento para a fase de campeão, ocupando atualmente a 4.ª posição da tabela classificativa. 



Seniores femininas derrotam atual vencedor da Taça de Portugal e da SuperTaça

 


As séniores femininas venceram pela primeira vez um jogo da primeira divisão de futebol.

O golo da partida foi marcado por Chardonnay Curran aos 82 minutos, num remate ainda antes do meio campo dando assim os primeiros três pontos à nossa equipa neste campeonato.

De relembrar que o Torrense é o atual vencedor da Taça de Portugal e da Super Taça de Portugal.



26.9.25

Rio Ave evoca símbolo nazi em publicação


(Vítor Ramos é o Diretor e responsável da Comunicação do Rio Ave)


Desde o início desta temporada, algo mudou na comunicação do Rio Ave SAD. Não sei se houve troca de equipa, se foi uma simples reorganização interna, ou se alguém decidiu “reinventar a roda”. O que sei é que, para quem acompanha de perto, a diferença é clara – e infelizmente, para pior.

As peças de comunicação parecem feitas à pressa, sem cuidado estético, como se o objetivo fosse apenas “publicar por publicar”.

Numa era em que a imagem é fundamental – basta ver como os grandes clubes (e mesmo alguns mais modestos) se destacam pelo cuidado e criatividade da sua comunicação – não podemos andar a brincar. 

E se até aqui a crítica se centrava no amadorismo gráfico, no dia de hoje a “criatividade” foi longe demais. A comunicação do Rio Ave decidiu publicar uma montagem do jogador Panzo mascarado de militar com um tanque por trás, numa clara alusão aos tanques “Panzer” – símbolo associado ao regime nazi. (e reforçado por escrito)



Além da montagem ter uma execução pobre e amadora, a própria ideia é infeliz e despropositada. Primeiro, pela associação óbvia ao nazismo; depois, porque num mundo marcado por conflitos bélicos tão atuais e dolorosos, este tipo de referência é insensível e até ridícula.

Ao responsável pela comunicação, Vítor Ramos, só posso pedir mais juízo e profissionalismo. Posso até admitir que o erro tenha partido de desconhecimento da história mundial, mas agora que foi exposta a infelicidade da publicação, não espero outra coisa senão a sua edição ou eliminação imediata.