25.6.13

Formação/balanço (entrevista a Francisco Costa/7):

7) No início da época estavas com algumas reservas, porque te sentes mais um treinador (no campo) do que no gabinete; como foi a adaptação?

«Foram muitos anos no terreno, anos esses que me permitiram ver daquilo que sou feito e quais os meus sonhos. Durante esse período tive mais alegrias que tristezas, aspetos positivos e engrandecedores que fizeram de mim um pouco do que sou hoje, ou seja, um treinador mais bem preparado. Era um profissional que mesmo sendo membro da Equipa Técnica Sénior, entrava de manhã e saía à noite, isto porque adoro o que faço, para além disso faço-o no Clube do meu coração. As minhas funções mudaram este ano, o que numa primeira fase me custou bastante, já que foram muitos anos no campo (10 anos) e de um momento para o outro fiquei sem aquilo que mais gosto, aquilo que mais me preenche profissionalmente. Como sou uma pessoa muito positiva e vejo sempre um lado bom em todos os momentos da minha vida, encarei, mais uma vez, de frente este meu novo desafio. O que me permitiu crescer de uma forma sustentada, evolutiva, dando-me novas aprendizagens, novas estratégias para ultrapassar os obstáculos, novos conhecimentos, formas diferentes de ver o jogo, diferentes formas de ver os jogadores, permitindo por isso evoluísse em outras áreas que não a metodologia de treino. Hoje, sinto-me um profissional muito mais completo, com mais competências, já que domino todas as áreas ligadas ao futebol. Tenho competências na área da metodologia de treino, na análise e observação do adversário, bem como, na elaboração da metodologia em função dessa mesma análise, composição e elaboração dos vídeos de observação dos adversários, experiência (4 anos) na coordenação técnica da formação juvenil, onde existem vários níveis de competências, tais como: elaboração e implementação do modelo de jogo (o modelo atual foi elaborado ao longo destes anos de experiência), implementação e organização de uma metodologia de treino única, organização e constituição de todos os plantéis anuais (os técnicos não têm que se preocupar com mais nada a este respeito, apenas treinar). No fundo, elaborar de uma filosofia de Clube com princípios muito bem definidos e orientados, para que a "mística" do RAFC seja potencializada. Por todos estes fatores sinto-me muito mais capaz, mais preparado para o futuro. Este ano, embora não pareça, tenho a consciência de que foi de extrema importância nesta minha evolução»

(assim termina a publicação da entrevista a Francisco Costa/François, que nos permitiu ficar a conhecer um pouco mais do trabalho feito neste ano; desde já um obrigado)