11.2.10

Taça e Europa

Já sabem o que eu penso da Taça: por norma só estorva.

E de repente está de novo a estorvar, mesmo que nos tenha saído o Porto na meia-final. Mas vamos por partes: tivéssemos perdido em Braga estaria alguém a discutir a acreditação para a Europa? Se calhar ninguém se lembrava do assunto porque não era pertinente. Mas agora, maldita pertinência, maldita Taça! Não pretendo desculpar ninguém, mas na preparação da época, esse deve ter sido o último ponto na lista de prioridades. E em Dezembro o assunto pode ter passado em claro por haver um hiato de dois meses entre jogos da Taça de Portugal. Terá sido falta de experiência, de lembrança, de cuidado, mas o que quer que tenha sido, veio mostrar que por vezes a história se repete e que por termos memória curta, nem sempre os nossos erros nos ensinam alguma coisa. O sentimento de frustração não desaparece, porém. Terá sido uma decisão consciente do clube em não se acreditar? Seja como for, uma palavrinha da Direcção não ficava mal.

Por outro lado, esta regra da acreditação é um bocado parva. Terá o Pinhalnovense pedido acreditação? Imaginemos que tinha vencido a Naval, agora jogava com o Chaves e que os eliminava [ACT: a questão não se põe porque o Pinhalnovense, ao contrário, por exemplo do Chaves, não disputa uma competição profissional; para os clubes não profissionais o prazo é prorrogado]. Na final com o Porto (que pode ter acesso às competições europeias de outra forma), cruzes credo... Europa fora de questão porque um pequeno clube nunca imaginou ir tão longe numa competição interna. Mude-se esta regra. É quase como dizer a um guarda-redes que marque um golo que o mesmo não vale, porque ele está ali para defender e não para marcar. O Trigueira agradecia... E mais uma vez: maldita Taça que só estorvas! E não és nada amiga, que diabo! Guimarães, Braga e agora os andrades? Fónix...