1.12.13

Benfica: ter e não ter

Este era um jogo em casa talhado para o estilo de jogo do Rio Ave: as despesas do jogo seriam do adversário e depois era esperar por aberturas na defesa contrária para tentar marcar. O adversário era mais forte, por isso as oportunidades teriam de ser aproveitadas se surgissem. A defender teríamos de criar uma muralha intransponível. Quanto às nossas oportunidades elas não surgiram, mas a defender foi tudo perfeito até Ederson borrar a pintura e oferecer um golo ao Benfica. Merecido pelo domínio do adversário? Não. O Benfica não teve qualquer alma. A diferença esteve naquilo que sempre se soube, eles têm executantes que nós não temos. Um Rio Ave motivado e com outra história caseira teria feito misérias deste adversário. Mas como o futebol não vive de "ses", vale o que foi e não o que podia ter sido.

Este jogo não serve para avaliar a nossa condição caseira. O adversário é do nosso campeonato, tem de jogar connosco, mas tem outras ambições e possui capacidades que nós não. O que deu para ver mais uma vez é que no banco do Rio Ave se raciocina muito devagar. Vê-se a "doença" alastrar mas nada se faz para a parar, reza-se, acendem-se velas, mas não se vai ao médico. Custa-me perceber como se espera 13 minutos e se sofre mais um golo do adversário até reagir à expulsão. A Nuno dou nota 1. A paciência já está esticada. Quando se tem um treinador pouco apreciado nas bancadas, mas com resultados, tudo corre bem. Quando se tem um treinador impopular e os bons resultados começam a escassear tudo se precipita e começa-se a pedir-se o afastamento do treinador que afasta os sócios. É bom que nos traga qualquer coisa nova, um presentinho, mister, o Natal está a chegar.