19.3.13

Nuno, o caminho para o divórcio

Caro Nuno,

eu não sou daqueles que fica muito tempo a carpir mágoas. Quando algo não está como quero, corto o mal pela raiz. Não quero com isto dizer que acho que se deve ir embora. Não! Eu não agito lenços brancos, que exagero!, as coisas são para colocar em perspectiva, nem quero que se demita. O título deste postal é só pra enganar, mas também pode ser lido como uma espécie de pré-aviso. A verdade é que o Nuno não deve andar distraído (embora às vezes o pareça com a análise que faz aos jogos) e por certo já notou que há um virar de costas ao seu trabalho por causa dos resultados em casa. 

Como rioavista preocupado com a situação, em vez vir para aqui para lhe apontar um dedo acusador, venho para lhe sugerir algumas medidas:

1 - peça ao presidente para pintar o estádio de outra cor, para retirar os símbolos do Rio Ave ou até para lhe mudar o nome;
2 - passe a treinar naquele relvado magnifico que existe nas novas instalações da Agros; assim pelo menos dava-se-lhe algum uso prático;
3 - sugira ao presidente que os jogos em casa sejam em Melgaço. Porquê Melgaço? Porque gosto de Melgaço e sempre podíamos depois celebrar vitórias ou esquecer derrotas com dois copos de Alvarinho; ou já agora em Grândola que anda muito na moda, apesar de eu desconhecer se há por lá alguma "pomada" digna de registo;
4 - se não fôr possível fazer os jogos em casa em Melgaço ou em Grândola, use o balneário dos "Visitantes" sempre que jogar em Vila do Conde. E já agora, passe a usar também o banco do "Visitante". Se achar necessário, mande os bancos para o lado da bancada descoberta. Pode ser que assim consiga enganar os jogadores e os convença que estão a jogar fora.

Na esperança que as minhas sugestões possam trazer as vitórias tão desejadas, despeço-me com amizade.

Rioavistas saudações,

Gil, sócio 1414