15.12.12

(12ªj Beira Mar) Para Nuno ler e refletir

1) Derrota justa, frente a um Beira Mar sempre mais perto de ampliar do que nós de reduzir. Beira Mar letal em contra-ataque, que o Rio Ave não soube ou não foi capaz de anular.
2) Arbitragem sem influencia, ainda que nos possamos sentir satisfeitos por Paulo Batista não ter expulsado Oblak (o lance é duvidoso, resolvido com amarelo, mas se fosse ao contrário também teriamos pedido o vermelho!).
3) Dito isto, concentro a análise ao jogo em Nuno Espírito Santo: primeiro, o treinador não aprendeu com os erros do jogo anterior e repetiu o mesmo onze e sobretudo a mesma disposição tática (recuando ligeiramente Ukra). Erro fatal, já que se as coisas já não correram bem com o Paços, hoje ainda foi pior.
4) E foi pior porque ao contrário do que disse na antevisão ao jogo, Nuno não entendeu como joga o Beira Mar. Ao jogar apenas com dois médios (e quatro avançados, porque Braga foi sempre mais avançado e pouco recuou), o Rio Ave deixou muito espaço no meio campo, que os de Aveiro aproveitaram. Não é por acaso que os dois  primeiros golos resultam de contra-ataques, em que o jogador faz 30 ou 40 metros sem oposição (sobretudo o primeiro) e chega à nossa grande área embalado. Quando Nuno corrigiu essa descompensação, a 30 minutos do fim, foi tarde (e, pior, Diego Lopes não resultou).
5) Outro erro de Nuno: a equipa não teve agressividade e não conseguia parar os contra-ataques adversários. Esta coisa de não se fazer faltas é muito bonito, mas elas existem também para isso.
6) Finalmente: ao meter Hassan e ao assumir o 4-2-4 Nuno não conseguiu que os pontas de lança fossem servidos para poder  marcar. A equipa esteve quase sempre desequilibrada, sem fio de jogo, e só existiu durante 20 minutos da segunda parte.
O pior jogo da vida de Nuno, pior do que o de Braga, que merece nota 1 (nunca dou zeros) e em que também não foi 'ajudado' pelos jogadores: tantas exibições abaixo do que seria de esperar... Um jogo para tirar várias ilações e não repetir os mesmos erros