(Leixões) Da nulidade do ataque à falta de Livramento

O Gil toca em alguns dos pontos, com os quais concordo, mas gostaria de desenvolver um ou dois:
- O Rio Ave perdeu porque o seu ataque é uma nulidade. Sejamos claros. Sabem que não é de hoje que eu o digo, já na época passada bati na tecla. As estatísticas e as exibições mostram-no. Chidi e Ronaldo atrapalharam mais do que que... Mateus, em 10 minutos, criou mais perigo do que os dois da frente na primeira parte. Se o ataque do Rio Ave fosse de qualidade, vá lá, média, poderia produzir um ou dois golos por jogo. Se a esses juntássemos os golos dos outros sectores, podiamos estar confiantes. Assim... O que me incomoda mais é o facto de, na pré-época, Eusébio ter dito que a prioridade era um defesa central, quando se estava a ver que não havia um ponta de lança razoável. Agora temos estes e temos de jogar com eles. É tempo, caro Eusébio, de dar oportunidade a outros. Henrique e Mateus merecem ser titulares; quantas defesas fez Beto na primeira parte? O primeiro canto foi à meia hora... Vamos jogar sempre em 4-4-2 até estarmos a perder?
- O Rio Ave perdeu porque Livramento fez muita falta; aqui faço o meu mea culpa, eu que não simpatizo muito com o seu futebol. Ontem não houve quem pautasse o jogo, quem fizesse a bola rolar. Cedo se percebeu que Evandro não estava a consegui-lo e que Tarantini foi uma carta fora do baralho. Tentar os cabeceamentos nos cruzamentos é pouco. É assustador que não haja uma alternativa para Livramento. É urgente pensar nisso. Niquinha? Carvalhas?
- O Rio Ave perdeu, finalmente, porque o Leixões está muito moralizado, tem a estrelinha dos campeões e tudo lhe corre bem; O empate talvez fosse o resultado mais certo, mas, honestamente, alguém dirá que o Rio Ave mereceu ganhar?
- O Rio AVe não perdeu por culpa do árbitro.

O melhor em campo foi Rogério Matias (desculpem, mas depois de ter sido tão insultado, não resisto!). Miguel Lopes esteve bem mas o segundo golo acontece no seu lado e teve mais um ou outro deslize.
Para Eusébio nota 1: perdemos quase 45 minutos sem que mexesse na equipa, a aposta em Tarantini saiu furada, manteve os onze, à espera do milagre, até ao golo do Leixões e, sobretudo, como disse, o que aconteceu releva muito as ideias que teve a construir o plantel. Com o Paços tudo correu bem, mas o 12º jogador nem sempre aparece!