Em Portugal é normal haver sempre convulsões nos finais das épocas desportivas. Arranjam-se sempre argumentos para disfarçar os maus planeamentos das épocas, a infelicidade de alguns jogos menos conseguidos, de modo a que as massas adeptas não questionem as gestões dos seus clubes.
Só que este ano, a ser verdade tudo o que tem vindo na comunicação social da especialidade (e esperemos que não seja verdade), passa o inimaginável.
A continuar a este ritmo qualquer dia não terão um único espetador no estádio. Começa a adensar a possibilidade de não haver jogos limpos. Antigamente os maus da fita eram os árbitros, as Comissões de Arbitragem. Agora acrescem as apostas on line, os dirigentes, os empresários, os jogadores, isto é, ninguém escapa aos pingos da suspeição. Tudo isto em contra ciclo com a criação de estruturas para verdade desportiva, a transparência financeira e administrativa, etc., nomeadamente com a criação das sociedades desportivas.
A questão que se coloca é se o fenómeno que se verifica não é consequência dessa "nova gestão" do futebol.
Não faltará muito tempo para que os adeptos percebam o logro em que caíram e voltem a exigir que as "contas do futebol" sejam novamente auditadas pelos sócios em plenas Assembleias Gerais do Associados e não em reuniões de accionistas.
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