8ª j - O mistério de um abraço

Alguém que explique, se souber, porque foi tão festejado o segundo golo com o treinador. A iniciativa partiu de Gaspar, que marcara o jogo e não me pareceu de todo um gesto inocente. Teria Eusébio a cabeça a prémio? Estou só a especular. E continuando a especular, devo dizer que este gesto do plantel à oitava jornada é já sinal de que algo vai mal e o grupo sentiu necessidade de cerrar fileiras em torno do treinador. Ou seria em torno de sí próprio? Não reparei se Delson também festejou no grupo em volta de Eusébio.

No resto do jogo retive isto:
a primeira parte foi fracota. O Penafiel marcou sem querer, mostrou porque é último como equipa, mas entre os seus jogadores até descobri pelo menos um que me parece encaixaria bem no Rio Ave. Chama-se Lourenço e transportava o jogo dos forasteiros, bom pé esquerdo, com boa visão de jogo, um organizador um pouco acima da média da Liga Vitalis. No entanto, não entendo como alguém que se quer safar da despromoção contrata um técnico como António Sousa. Que alívio vê-lo sentado num banco que não o do Rio Ave!

A segunda parte mostrou um Rio Ave bem diferente, cheio de força e a encostar o Penafiel bem à sua defesa, não o deixando sair sequer do seu meio-campo, fruto de uma pressão bem intensa logo que tentava sair para o ataque. Foi assim que se chegou aos 3-1 com naturalidade. E aqueles dois golos finais foram uma delícia. Bonito fim de tarde, excelente segunda parte com um futebol prometedor. A jogar meia parte assim em todos os jogos, seremos um caso sério!

Notas
Numa equipa que esteve globalmente bem (a defesa um pouco menos, pois mesmo com o regresso de Gaspar e apesar de não ter sido muito posta à prova pareceu ainda acusar os 4 golos de Freamunde...) Niquinha, que hoje me pareceu mais solto e um pouco mais adiantado, foi para mim o melhor. Destaco ainda Evandro que continua letal nos cantos e bastante influente.

O treinador leva 4. Face ao seu antecessor no comando técnico do Rio Ave, Eusébio levou clara vantagem. E por muito crítico que às vezes eu seja quanto ao técnico, prefiro Eusébio a Sousa. Mas não é isso que está em causa, é o futebol jogado neste jogo em particular. Eusébio soube durante o intervalo agitar os ânimos. Os jogadores apareceram cheios de vontade e galvanizados para uma segunda parte que teve excelentes momentos de futebol. Valeu!