30.6.25

A saída de Henrique Maia: uma perda para o clube e para os sócios




É com alguma surpresa, que tomo conhecimento da demissão de Henrique Maia, que apresentou o seu pedido por escrito ao presidente da Assembleia Geral do clube no Domingo, na Assembleia do Rio Ave. (De presidente adjunto)

Henrique Maia ocupava o cargo de Presidente-Adjunto do Rio Ave Futebol Clube e é um dos administradores não executivos da SAD, eleito diretamente pelos sócios — sendo, aliás, o único representante da vontade dos associados na estrutura acionista da nova realidade societária do futebol profissional.(não se demitiu de executivo da SAD mas deixou a consideração do presidente da MAG caso o mesmo ache indicado consultar os sócios)

A sua saída representa, por isso, uma perda significativa. Não apenas pela função que exercia, mas sobretudo pelo percurso que construiu no seio do Rio Ave, alicerçado numa ligação profunda ao clube, à sua história e aos seus valores. Importa recordar que o nome Maia é sinónimo de dedicação e serviço ao Rio Ave, legado esse iniciado pelo seu pai e que Henrique deu continuidade, competente e com espírito de missão.

Num momento em que o clube atravessa uma fase de grandes mudanças, ver sair alguém com conhecimento institucional, experiência, ligação à massa associativa e sentido crítico é sempre um sinal preocupante. Porque a pluralidade de opiniões, o equilíbrio entre poderes e a preservação da identidade do clube só se constroem com a presença de vozes como a de Henrique Maia.

A sua saída levanta naturalmente questões sobre o funcionamento atual dos órgãos diretivos e sobre o papel (ou ausência dele).

Em nome de todos os que acreditam num Rio Ave plural, transparente e com respeito pela sua história, deve-se reconhecer publicamente o contributo de Henrique Maia. A sua saída deve servir também de alerta: quando um clube começa a perder os seus melhores quadros sem explicações, o futuro torna-se mais incerto.

Desejo as maiores felicidades pessoais e profissionais ao Henrique Maia. E, acima de tudo, agradecemos o que deu ao clube ao longo destes anos esperando que um dia volte.

Henrique Maia demite-se de presidente adjunto do Rio Ave FC.

 Foi muito estranho ontem ver Henrique Maia na 2ª fila dos lugares atribuidos aos dirigentes do Rio Ave FC. Logo ali ficou a ideia de que algo não estava bem. A confirmação de que o dirigente bateu com a porta chegou hoje, Henrique Maia demite-se da direção do Clube, mas NÃO da SAD.
 Quer isto dizer que o representante dos Sócios na SAD do clube se mantém nas funções de administrador não executivo SAD do Rio Ave. 
O Reisdoave sabe ainda que o dirigente fez questão de pedir à atual direção para que possa ser novamente candidato na próxima assembleia geral e que dessa maneira os sócios possam continuar a confiar em Henrique Maia para ser o representante dos mesmos na SAD do clube.


 Henrique Maia na carta enviada à direção admite e invoca divergências de opinião como motivo para a sua demissão. Com a saída de uma figura tão importante na estrutura do nosso clube abre-se a porta á entrada de um novo presidente adjunto, quem será? - Luis Oliveira?


Fim de ciclo: Rio Ave troca Puma para voltar a vestir Adidas



Ao fim de quatro temporadas, o Rio Ave irá deixar de vestir Puma, iniciando um novo ciclo com a Adidas como fornecedor oficial de equipamentos (já tínhamos vestido em durante duas temporadas 2016/2017 e 2017/2018). A mudança é natural visto que outros emblemas do grupo Marinakis, como o Olympiakos e o Nottingham Forest, que também vestem a marca Adidas.

Apesar de não ser uma surpresa para quem acompanha os bastidores do clube, a verdade é que esta decisão está tomada desde o final de 2024, sendo que a transição para a Adidas representa não só uma mudança de imagem, mas também o culminar de um processo mais conturbado do que seria desejável.

A decisão unilateral da SAD do Rio Ave de não continuar com a Puma terá levado a marca a avançar com processos judiciais contra a SAD e a SDUQ por incumprimentos contratuais e falha na liquidação de valores em dívida. Ou seja, não estamos apenas perante uma troca de marca, mas sim perante mais um episódio que reforça a reputação da SAD enquanto entidade com práticas financeiras questionáveis — fama essa que, infelizmente, tem ganho força nos últimos tempos. (Caso queiram ler mais sobre este caso, podem-no fazer clicando neste link - divida reclamada ascende os 440 mil euros.

A decisão de terminar o vínculo com a Puma terá também sido o motivo principal para a longa liquidação na loja oficial do clube, que durou cerca de três meses. O objetivo foi claro: escoar o máximo possível do inventário existente para maximizar a rentabilidade antes da chegada dos novos equipamentos.

Este tipo de mudança, quando bem gerido, pode representar uma evolução positiva em termos de imagem e projeção. A Adidas é uma marca global, com forte presença no futebol mundial e um portefólio reconhecido de clubes. Contudo, o modo como o processo foi conduzido — e os problemas legais que dele derivaram — merecem reflexão da nossa SAD e clube.



(foto dos irmãos Dassler, fundadores cada um de uma das marcas. Recomendo leitura da história e rivalidade das duas marcas e dos irmãos clicando neste link)

29.6.25

Orçamento base zero aprovado.


Esperam-se investimentos avultados nos próximos 2 a 3 anos. Muito acima dos 20 milhões de euros.
Obras incluem a reparação e construção de um novo centro de treinos. (pronto em 3 a 4 meses)
Incluem ainda uma nova bancada(nascente), 2 novos relvados, um mini estádio, o museu, e nova loja. (2 a 3 anos)
O Rio Ave FC tem 3600 sócios pagantes 

Orçamento de base zero para 2025/2026 foi aprovado com uma abstenção

Resumo da assembleia:

1.       A assembleia começou como habitualmente com 30 min de atraso e com a presença de cerca de 80 sócios. Votou-se a ata da anterior assembleia, que foi aprovada por maioria.  

 Assuntos abordados pela presidente.

2.       Obras - Prazos

    a.       Intervenções no estádio, seguro do estádio é o responsável por um ligeiro atraso nas intenções de apressar as obras de reparação do estádio.

    b.       Direção do Rio Ave FC e administração da SAD assumem custos e avançam com as obras antes de receber do seguro. Obras são da responsabilidade do clube, mas os encargos a serem custeados na sua totalidade pela SAD. O Clube não terá qualquer encargo nas obras.

    c.       O Rio Ave contratou uma empresa para avaliar os prejuízos e lançar um projeto para um conjunto de melhoramentos, reposição de estruturas urgentes. A empresa selecionada foi a ABB

    d.       Os trabalhos de reparação da bancada devem estar concluídos antes do início da 1ª jornada. Alterações e implementação do novo relvado necessitam também de mais tempo. Á cautela o Rio Ave solicitou á liga para que no caso do sorteio atribuir o 1º jogo em casa, o clube possa jogar fora, havendo assim a chamada inversão de jornada. É, portanto certo que iremos jogar a 1ª jornada fora.

3.       Obras - Alterações na Bancada

       a.       A novidade é que vamos ter a cobertura total da bancada.

    b.       O interior ficou também muito danificado, os estragos foram de facto avultados, e a recuperação que será lenta estará pronta para o 1º jogo em casa.

    c.       As intervenções de melhoramento acontecerão também nos 2 relvados sintéticos. Estes melhoramentos já estão a acontecer e em simultâneo.

    d.       Estes melhoramentos vão concluir-se com a construção de 2 novos relvados naturais, e um miniestádio, até 2028. São exigências do crescimento da academia, dos sub23, e do Futebol Feminino que obriga o jogo em relvados naturais.

    e.       Outra  grande novidade, é a construção do novo centro de treinos.

    Infraestruturas para a equipa A não se coadunam com as exigências de uma equipa de 1ª liga, e assim sendo será construído um novo edifício, que irá nascer no topo norte.  Tudo o que está sob a bancada poente será transferido para o novo edifício que a presidente apelidou de novo centro de treinos. O miolo do que está por debaixo da bancada poente desaparecerá e nesse espaço entre outras coisas surgirá o Museu do clube e uma nova loja.  Algumas destas obras já estão a acontecer, mas não se viu ou se sabe, ou se tem conhecimento do projeto “Master Plan”. Todas estas alterações estão vertidas no tal “Mastaer Plan” que ainda não foi finalizado e que será apresentado aos sócios em breve, não havendo para já datas. As datas de compromisso é que dentro de 3 a 4 meses teremos o tal centro de treinos construído e pronto a ser utilizado. O complexo incluirá áreas para o departamento médico, ginásio, balneários, salas de refeições. As novas instalações vão albergar ainda tudo o que faz parte do jogo e do que é treino, ou seja deixaremos de ver os jogadores a entrarem em campo pela bancada poente, e passaremos a vê-los surgirem desse novo edifício.

    g.       Foi identificado que a sede é pequena para todo o espólio do clube. Foram estudadas várias soluções, e o investidor a custos próprios sugeriu então que se construísse o museu e uma nova loja por baixo da bancada poente. Dar aos visitantes a tal proximidade ao estádio,  acesso ao museu e loja em dias de jogo.

    h.       Quando o projeto Museu/Loja/ Bancada Nascente estiver pronto será solicitada uma assembleia para aprovação dos investimentos.

    i.     A Direção tomou a decisão de não apresentar imagens sobre os melhoramentos sem que o “Master Plan” esteja concluído. Assume que o vão fazer, e que apenas apresentarão imagens e projeto quando tudo estiver finalizado e formalizado com a CMVC. O município ainda não aprovou nada no entanto já aconteceram reuniões com o município no sentido de pré-aprovar necessidades e o que está a ser projetado para que não hajam atrasos. Para já essas reuniões têm sido muito positivas com grande abertura por parte do município em ajudar o Rio Ave Fc a levar esta empreitada a bom porto.

    j.         Próximos 2 a 3 anos serão de reestruturação de todo complexo desportivo, o clube está a virar todo o seu foco para a criação de condições, para os seus atletas e sócios, de uma forma transversal.

4.        Agradecimentos especiais

  • Ao FC Paços de Ferreira por nos ter ajudado numa hora muito difícil.
  • Agradecer á camara municipal pelo apoio prestado ao Rio Ave FC ao longo deste ano.

5.      Orçamento base zero

  •  Plano de atividades
    • Escola de futebol os tubas
      • Reforçar parcerias
      • Aumentar números de praticantes
      • Assegurar quadros técnicos de qualidade
      • Aumentar os campos de férias e vagas disponíveis.
      • Futebol Formação
      • Alargar parcerias com clubes locais
      • Alargar parcerias com entidades de ensino superior.
  • Futsal
      • Definição do modelo de formação
      • Reforçar quadros especializados
      • Apostar em ativos com potencial de desenvolvimento
      • Manter o clube na 1ª liga. Planeamento para a próxima época está praticamente terminado.

6.      Orçamento propriamente dito

  •  Em 2024/2025 gastou-se 556.500€ em 2025/2026 vai gastar-se 770.500€ o que representa um aumento de 38%.
  • Custos e os encargos do futsal com a subida de divisão aumentaram e por consequência os gastos na próxima época também vão subir. O futsal terá um orçamento de 595,850€ e representará 77% dos custos totais do Rio Ave FC.

7.       Sócios /adeptos

    • Plano de atividades
      •  Continuar a política de proximidade com os sócios
      • Promoção da imagem do clube junto dos adeptos e dos media.
      • Aumentar o número de parcerias do cartão de sócio. 
      • Dar através do cartão mais vantagens aos sócios.
      • Melhoramos as receitas com as cotizações. Mais gente entrou para sócio.
      •  Segundo a presidente há hoje mais sócios que regularizaram as suas cotas.
      • Quando tivermos melhores condições físicas(estádio/estrutura)  mais sócios se juntarão á nossa família.
      •  Reforçar a imagem do clube junto das freguesias, e cidade.
      • Construir a nova Loja e o museu do clube.

8.      Outros assuntos

  • Resposta a perguntas dos associados:
      •  Todo o investimento oferecido pela RA Sports, não tem consequências nas contas do clube, pelo que as responsabilidades do clube apenas se limitam á condição e relação normal entre senhorio e inquilino. As obras de benfeitoria não serão imputadas no futuro, isentado está portanto o clube de quaisquer encargos futuros.
      • Investimentos - vêm aí avultados investimentos. O “Master Plan” que ainda não está pronto, contemplará investimentos avultados ao longo de 2 a 3 anos.  Foi possível ouvir da presidente que a RA Sports fará um investimento MUITO superior a 20 milhões de euros valor aproximado até ao agora   investido pelo RA Sports. Enquanto não houver “Master Plan”, com orçamentos concretos por parte de quem vai fazer a obra, e projetos aprovados pela CMVC é impossível aferir valores exatos, no entanto o valor foi referido várias vezes como bastante avultado. Passando largamente(palavras da presidente) os 20 milhões de euros.
      • As rendas do estádio não foram cobradas á SAD a 100% devido á intempérie pois o estádio ficou inutilizável, e seria ilógico cobrar algo que não poderia nunca ser usado.

4.       Jogos de preparação

      •     Não existirão jogos de preparação em casa, diga-se em Vila do Conde. Apesar de se enunciar como sendo em casa, estes jogos de pré-temporada irão jogar-se ou em Guimarães ou em Quiaios. Um destes jogos poderá ser aberto ao público, mas ainda não está decidido quando nem qual.

5.       Sócios

      • Presidente confirma que o número de sócios pagantes ronda os 3600.
      • relação da SAD com o FC os sócios podem colocar pedidos de assembleias extraordinárias com a Sad assim que entenderem ver esclarecidos assuntos não mencionados pela direção do clube em notas oficiais.
      • Direção está disponível para receber qualquer sócio para proceder a esclarecimentos.
      • Lina Souloukou já é administradora da SAD juntamente com o Sr. Toshav como presidente, e são atualmente os sócios executivos da RA sports, quanto aos não executivos como é sabido não houve qualquer alteração
      • Presidente confirma a destituição de Diogo Ribeiro e não o pedido de demissão do próprio. O despedimento está ainda em curso. Lembre-se que para além das funções na SAD , Diogo Ribeiro também exercia funções de director financeiro do clube com contrato de trabalho. O Despedimento ocorreu por iniciativa exclusiva do investidor.
6.       Lugares anuais

      • Preço: Ligeira atualização existirá para os lugares a descoberto, mas não estão previstas mexidas significativas nos restantes.

7.       Associação de adeptos

      • Total apoio, ajuda na sua constituição e legalidades.
      • A associação nasceu para ajudar o Rio Ave e a direção vê isso como positivo
8.     Novos cartões
      •     Renumeração vai avançar aquando da construção da nova Bancada(nascente)
      •     Os novos cartões entregues este ano e a sua necessidade surgiu por questões técnicas (torniquetes, etc)
      •    Equipa de futebol investimentos para a próxima época, ainda não há previsão de investimento/orçamento dado que existem muitos contratos a serem revistos, e assinados.

10.   Aposta em jogadores jovens Gregos é uma opção por parte da SAD.

      • É um futuro novo, do qual temos que nos habituar, o modelo de negócio é decidido pelo investidor.
Por: Gualter Macedo

Assembleia Geral: Com mais sócios temos menos receitas com quotização; SAD vai pagar menos renda ao clube




Por motivos de força maior, não tive oportunidade de estar presente na mais recente Assembleia Geral do Rio Ave FC — algo que não acontecia há muitos anos. Apesar disso, mantenho o compromisso e o interesse de sempre em acompanhar a vida do clube e, como tal, fiz questão de analisar atentamente o plano de atividades apresentado pela presidente Alexandrina Cruz.

Espero que os habituais “bloggers” e cronistas que estiveram presentes façam chegar aos sócios um resumo daquilo que foi discutido e aprovado.

Ainda assim, mesmo à distância, há duas notas do plano que merecem destaque e reflexão:

1. A diminuição da contribuição da SAD ao clube
Na última temporada, Alexandrina Cruz tinha anunciado que a SAD transferiria um determinado valor anual para o clube. Menos de um ano depois, esse montante aparece reduzido em 7.500€. 

É por isso que sempre insisti — e continuo a insistir — que Alexandrina Cruz deve tornar público o acordo parassocial celebrado com a SAD. O tempo tem-me dado razão: primeiro foi o silêncio, depois as decisões unilaterais, e agora começamos a ver consequências financeiras. E se isto acontece apenas um ano após a constituição da SAD, o que poderemos esperar daqui a três, quatro ou cinco anos? Seria importante termos todos acesso ao que está verdadeiramente acordado.

2. Mais sócios, menos receitas
Outro dado curioso (e preocupante) é o que diz respeito às receitas de quotização. Sabemos que, por força do período pré-eleitoral, o clube ganhou cerca de 4.000 novos sócios face à temporada 2023/2024. No entanto, as receitas previstas para 2025/2026 com as quotas dos sócios são inferiores às da última época da direção liderada por António da Silva Campos.

Na época 2022/2023, o clube arrecadou cerca de 257.000€ em quotização. Para 2025/2026, com mais 4.000 sócios, Alexandrina Cruz prevê 230.000€.

Este número só pode ter duas explicações, ambas preocupantes:
Ou grande parte dos novos sócios não paga quotas nem tem qualquer ligação ativa ao clube (apenas se inscreveram por motivos eleitorais);
Ou há uma má gestão na cobrança, controlo e dinamização da massa associativa.

É certo que houve um diminuição do valor da quotização mas isso não explica tudo. Neste momento, do universo de 7200 sócios que temos, apenas cerca de 3700 são pagantes.

Obras no Estádio: espero que tenha sido apenas um esquecimento no momento da apresentação pública do plano




Como é do conhecimento público, estão em curso profundas reestruturações no Estádio do Rio Ave FC. Estas intervenções, levadas a cabo pela SAD, avançaram sem que tenham sido previamente apresentadas e discutidas com os sócios. É verdade que, mesmo que a presidente do clube, Alexandrina Cruz, tivesse promovido sessões de esclarecimento, dificilmente essas reuniões passariam disso mesmo — uma vez que, como já se percebeu, as decisões cabem à SAD e a margem de influência do clube nesse processo é bastante reduzida.

Hoje realizou-se uma assembleia e foi apresentado o plano de investimentos tanto para o estádio como para a academia. Optaram por não projetar nada durante a apresentação (para mim, para que nada seja fotografado e mais tarde cobrado). Pela primeira vez ao final de muitos anos, por motivos de força maior, não pude comparecer.

Mas há um ponto que garantem-me que não foi abordado: as melhorias das condições de higiene dos WC's destinados aos sócios e adeptos. E, convenhamos, este é um tema que não pode continuar a ser ignorado.

Os WC’s do estádio apresentam há largos anos condições muito aquém do aceitável. É incompreensível que, num plano de requalificação que abrange bancadas, relvado e instalações de apoio, não se reserve uma verba — pequena que fosse — para garantir condições mínimas de higiene e conforto a quem acompanha o clube de forma fiel, jornada após jornada.

Esperemos, sinceramente, que esta omissão tenha sido apenas um esquecimento no momento da apresentação pública do plano. Porque se não for, será mais um sinal de que as prioridades continuam trocadas.
Um clube que se quer moderno, competitivo e ligado à sua comunidade tem de começar por respeitar quem está nas bancadas — e isso passa também por garantir instalações dignas a quem lá vai.

Melhorar o relvado, reforçar a estrutura da bancada ou criar novos espaços de treino são investimentos importantes. Mas não nos esqueçamos do essencial: o conforto de quem vive o clube no dia a dia.

27.6.25

Orçamento zero a ser debatido e aprovado no próximo Domingo



Após visualizar o documento oficial que o Rio Ave Fc disponibilizou aos sócios, e ao qual o Reis do Ave teve acesso(todos os elementos deste blog são sócios), gostaria de partilhar com os nossos leitores um resumo desse orçamento zero. Este, suscita algumas questões que achamos importantes, e que devem ser esclarecidas e respondidas pela nossa presidente.

Asunto valores do orçamento que suscitam perguntas: 
  1.  392mil euros de honorários, pode esclarecer em percentagem, quais os valores atribuidos ao futsal e ás camadas jovens? 
  2.  Os investimentos financeiros de 172.500€ referem-se ás rendas da Rio Ave SAD? Do que me lembro o valor acordado foi de 180 mil euros, a que se deve esta diferença?
  3. Como está a tesouraria do Rio Ave Futebol clube, porque razão existem rumores de salários em atraso? Justificam-se estes rumores? os trabalhadores do Rio Ave FC têm ou não salários em dia?

Eu tenho outros assuntos que gostaria de ver esclarecidos, deixarei para o local próprio:

  • Assunto Sócios, 
  • Assunto Obras, 
  • Datas desta assembleia,
  • Ligação/relações entre o Rio Ave FC e a Rio Ave SAD. 


Sotiris Silaidopoulos, assina e é o novo mister!

 

 O Rio Ave já tem novo Treinador, assinou esta tarde, sendo a DRa. Alexandrina Presidente do R.A FC, e administradora não executiva da Rio Ave SAD quem realizou a cerimónia de assinatura.

O Rio Ave anunciou, esta sexta-feira, nas suas redes socias e página oficial que Sotiris Silaidopoulos assinou um vínculo de duas temporadas

 Quanto ao curriculum deste treinador(ver Imagem em baixo) mais recentemente ganhou  o campeonato grego pelo Olympiacos como TREINADOR ADJUNTO, e também recentemente ganhou desta vez como treinador principal a Youth League, em 23/24(sub 19). Tido como treinador experiente em detectar/encontrar talento, e muito bom  a trabalhar com jovens, Sotiris é uma grande aposta(assinou por 2 épocas) por parte da nossa SAD, no entanto não deixa de ser uma grande incógnita.


 Resta saber se qualquer experiência no campeonato português, penso que nenhuma, e por isso falta saber se a experiência apenas como adjunto na Liga Grega será suficiente para ter sucesso na nossa Liga.

Mister Sotiris em nome do Reis do Ave , muitas felicidades. A partir de hoje é o meu "mister"



Lugares anuais: vai ou não haver subida de preços?

Com a constituição da SAD no Rio Ave, muitas mudanças passaram a ser visíveis — umas mais evidentes, outras mais subtis. Uma das alterações significativas, mas menos faladas, prende-se com a definição dos preços dos lugares anuais: esta responsabilidade, que antes era da SDUQ (entidade detida pelo clube), passou agora para a esfera da SAD.

Esta transição levanta uma questão pertinente e que poderá estar na mente de muitos associados: irá o valor dos lugares anuais sofrer alterações já na próxima temporada?

Relembro os preços praticados para os sócios do Rio Ave na época transata.

Num contexto em que os adeptos são, mais do que nunca, chamados a apoiar o clube e a garantir presença regular nos jogos, qualquer alteração no preço dos lugares deve ser ponderada com sensibilidade. Afinal, o impacto de uma subida (ou mesmo de uma reconfiguração) nos preços pode ter consequências diretas na adesão dos sócios e no ambiente vivido em cada jornada.

Por curiosidade fui analisar os preços praticados pelo Olympiakos, clube que, como se sabe, pertence ao mesmo universo empresarial que detém atualmente a SAD do Rio Ave. Eis os valores praticados:

  • Bancadas Centrais: entre os 1200€ e os 1400€

  • Bancadas Laterais: entre os 450€ e os 500€

  • Atrás da Baliza: entre os 250€ e os 500€



É evidente que estamos a falar de realidades muito distintas, tanto em termos de dimensão de clube como do atual momento desportivo. Mas o paralelismo é inevitável, sobretudo quando há uma estrutura acionista comum e práticas de gestão partilhadas.

Na introdução do plano de atividades que será apresentado na próxima Assembleia Geral, a presidente do clube, Alexandrina Cruz, sublinha a existência de uma relação de grande cooperação entre o clube e a SAD. Sendo assim, é natural supor que o clube esteja ao corrente das decisões (ou intenções) da SAD nesta matéria — incluindo se haverá ou não atualizações nos preços dos lugares anuais.

Se a manutenção do valor atual for a decisão tomada, será certamente bem acolhida pelos sócios. Se houver alterações, será importante que sejam comunicadas de forma clara, com justificações coerentes e com uma preocupação de manter o estádio acessível a todos os adeptos que fazem do Rio Ave mais do que um clube: uma identidade.

26.6.25

Continuidade de 6 emprestados?



O Rio Ave anunciou oficialmente a não continuidade de vários jogadores que estiveram cedidos ao clube durante a temporada 2024/2025. Entre os nomes confirmados como de saída estão Matheus, João Pedro, Tiago Morais, Kiko Bondoso, Martim Neto, Demir Ege Tiknaz e Giannis Kostoulas.

É o fim de uma etapa para estes atletas que, em maior ou menor grau, contribuíram para a época do Rio Ave. Mas o destaque desta comunicação reside não apenas nos nomes que partem, mas também naqueles que, por omissão, poderão estar mais próximos de permanecer em Vila do Conde.


O clube não mencionou nas suas despedidas os nomes de Jonathan Panzo, Bakoulas, Nelson Abbey, Andreas Ntoi, Omar Richards e Antzelo Sina — jogadores que, como os anteriores, estavam vinculados ao Rio Ave por empréstimo. Esta ausência de referência poderá indicar que estão, neste momento, a ser equacionadas as suas continuidades para a próxima época, seja por novo empréstimo, seja através de uma eventual aquisição.

Seja qual for a decisão final, o facto de o Rio Ave não os incluir no lote de saídas parece, pelo menos, sinalizar a existência de negociações ou intenções de manter alguma continuidade. 


Já há plano da pré-temporada 2025-2026

 O Rio Ave acaba de anunciar o plano de pré-temporada:

Os trabalhos arrancam nos dias 30 de junho e 1 de julho, com a realização dos habituais exames médicos. o plantel irá cumprir o estágio em duas etapas:

  •  2 a 13 de julho – Estágio em Guimarães
  •  17 a 26 de julho – Estágio em Quiaios, no concelho da Figueira da Foz.

  • Também já são conhecidos os encontros amigáveis desta pré-temporada:

  • 5 de Julho: Rio Ave FC x Seleção Concelhia de Vila do Conde;
  • 12 de Julho: Rio Ave FC x Leixões SC;
  • 19 de Julho: Rio Ave FC x Marinhense;
  • 23 de Julho: Rio Ave FC x AFS;
  • 26 de Julho: Rio Ave FC x SL Benfica “B”;
  • 2 de Agosto: Gil Vicente FC x Rio Ave FC;
  • 2 de Agosto: Rio Ave FC x FC Arouca;

 Como habitualmente o Rio Ave não disponibiliza informação completa: 
- Como não sabemos que obras estão a ser feitas nem tão pouco quando estas terminam, logo e por consequência também não conseguimos com esta informação perceber quais os jogos de pré-temporada que os sócios vão poder  assistir. Este ano não há jogo de apresentação?

Pergunto: VAMOS FAZER 6 JOGOS em CASA e um fora, porquê? Qual foi o critério, custos? Jogos em casa com obras a decorrer? o lógico seria jogar fora..ás vezes não entendo determinadas decisões, e gostava mesmo que as explicassem.


18.6.25

Lina Souloukou, a nova Administrador Executiva

Acaba de ser publicado oficialmente o nome da advogada Evangelia (Lina) Souloukou, como Vogal/Administrador Executiva da SAD (no lugar de Diogo Ribeiro, presume-se)

O seu nome já aqui tinha aparecido mais do que uma vez. Trabalhou com o Marinakis no Oympiakos e foi para a Roma, onde teve uma experiência desastrosa, como diretora-geral.

Agora é o braço direito do investidor no projeto multiclube. Já esteve várias vezes em Vila do Conde, nestes últimos meses. 

Teremos Lina e Alexandrina a mandar? 

Prazo de duração do mandato: triénio 2024-06-01/2027-06-30. 

 

PS - no site do Rio Ave há agora um entrada chamada 'Governo da Sociedade' (SAD); é preciso atualizar

Estágio do Rio Ave será feito na Grécia (ATUAL.)

Um mês e meio não foi suficiente para ficarmos a conhecer o novo treinador do Rio Ave, que 'todos' indicam ser Sotiris Sylaidopoulos, mas que não há maneira de ser confirmado.

No domingo, O Jogo escrevia que "míster Sotiris já esteve nos Arcos. Partiu para uns dias de férias e será oficialmente anunciado esta 2ª feira". Hoje é quarta.

Restam as informações que chegam de Atenas.

As últimas dizem que o estágio do Rio Ave deverá ser feito na Grécia e que Sotiris terá pelo menos dois adjuntos gregos, ex-colaboradores da academia do Olympiacos: um preparador físico, Ilias Ampatzidis, e treinador de guarda-redes. 

Atualização: no dia seguinte A Bola copiou esta informação e 28 depois corrigiu-a:



17.6.25

Uma promessa que tarda em ser cumprida

(Foto retirada pela TV Quintela a semana passada na sede do Rio Ave)

Em outubro de 2024, Alexandrina Cruz anunciou publicamente (em assembleia) a intenção de transformar o rés do chão da sede do Rio Ave FC num Sports Bar, um espaço pensado para servir os sócios, fomentar o convívio e aproximar o clube da sua massa associativa. A promessa, feita com alguma convicção, deixou em aberto os detalhes operacionais, tendo sido partilhado na altura que um processo concursal avançaria “em breve”.

Passaram mais de oito meses desde esse anúncio. E, desde então, nada foi tornado público. Nenhuma atualização, nenhum concurso anunciado, nenhum esclarecimento adicional. O silêncio em torno deste tema contrasta com a brevidade anunciada por Alexandrina Cruz.

Curiosamente, a sede tem vindo a ser utilizada... mas para outros fins.

No São João do ano passado, o espaço foi cedido a um grupo de pessoas que o explorou como bar durante a noitada — sem qualquer explicação da direção sobre os moldes dessa utilização, com que critérios e com que retorno (se é que houve algum) para o clube.

Mais recentemente, a sede voltou a abrir portas no âmbito da Desfolhada, para apoio à confeção dos tapetes de Corpo de Deus, em Vila do Conde (uma cedência que até acho que faça sentido). Um evento relevante na comunidade, é certo, mas que levanta novamente a questão: por que razão este espaço está a ser usado de forma pontual e informal, enquanto se adia uma reabilitação mais estruturada e útil para os sócios? 

A própria sede tem sido ainda palco de cerimónias institucionais, em que muitas vezes só se permite a entrada a convidados. Ou seja, um espaço histórico do clube vai abrindo... mas raramente para quem mais sentido faz: os sócios.

O que terá travado o avanço do processo concursal para o Sports Bar? Terão surgido entraves legais, técnicos, ou financeiros? Houve desinteresse? Mudança de prioridades? Terão sido encontrados alguns desafios que impediam a exploração desejada? 
Qualquer que seja a razão, os sócios merecem ser informados. Não só porque foram prometidas mudanças, mas porque aquele espaço tem um valor emocional e identitário demasiado grande para continuar fechado (ou semiaberto) sem rumo.

Reabilitar a sede não é apenas um ato simbólico — é uma forma concreta de devolver o clube aos seus sócios. Um Sports Bar pode ser uma mais-valia, mas, mais importante do que isso, seria garantir que a sede volta a ser um ponto de encontro aberto, ativo e acessível à comunidade rioavista.

O tempo passa, as oportunidades perdem-se, e a sede do Rio Ave continua à espera de ser devolvida a quem mais a merece: os seus sócios.

15.6.25

O caso Tiknaz e a dúvida que fica: falta liquidez ao Rio Ave?



Demir Ege Tıknaz não continuará no Rio Ave na temporada 2025/26. O clube não acionou a cláusula de opção de compra fixada nos 5 milhões de euros e, como tal, o jogador regressará ao Besiktas, clube de origem.

Declarações do Presidente do Besiktas a 4 de Junho: "O Rio Ave tem até 10 de junho para Demir Ege Tıknaz. Pelo que ouvi, o Rio Ave não tem condições financeiras para oferecer uma opção de 5 milhões € . Estamos esperando, e nosso treinador também."


Na altura, confesso que dei pouca importância a estas palavras. Soaram mais a pressão pública ou especulação do que a algo fundamentado. A ideia que fazia sentido era outra: o Rio Ave exerceria a cláusula de compra e, perante o potencial do jogador, procuraria depois uma venda lucrativa a curto prazo.
Mas a realidade acabou por contrariar essa expectativa.

O tempo passou, o prazo expirou-se e o jogador volta agora à Turquia sem que o Rio Ave tenha garantido qualquer retorno financeiro. Perde-se assim um ativo com margem de valorização e uma oportunidade concreta de realizar uma mais-valia.

É legítimo, por isso, questionar: estará o Rio Ave a enfrentar, neste momento, dificuldades de liquidez?

A resposta, por agora, fica no campo da especulação. Até porque não se espera que quer a presidente do clube, Alexandrina Cruz, quer o presidente da SAD venham a público dar qualquer tipo de explicação sobre este dossier (o que nos deixará ainda mais na dúvida.)


13.6.25

Objetivo desportivo, obras e promessas: o que disse Alexandrina Cruz


Num momento em que o Rio Ave vive uma fase de redefinição estrutural e desportiva, Alexandrina Cruz marcou presença no Sport Management Talks, no ISMAI e aproveitou o momento para prestar algumas declarações a quem por lá esteve.

Numa altura em que se fala, nos bastidores, de ambições europeias (já o ano passado um dos executivos da SAD tinha traçado isso como objetivo de curto prazo), a presidente preferiu manter uma ambição mais humilde, defendendo que, embora estejam a construir uma equipa competitiva, não é tempo de prometer voos altos.

“Seria fácil falar em Europa, até porque estamos a construir uma equipa competitiva, mas o foco do nosso projeto, após o que apelidamos de um ano zero, é a sustentabilidade”.

É estranho vermos este discurso ano atrás de ano e que de ano para ano faz cada vez menos sentido tendo em conta que fomos a quinta equipa com maior orçamento da liga a época transata e este ano a coisa não deverá mudar.


Outro tema abordado foram as obras em curso no Estádio do Rio Ave, que estão a afetar diretamente a preparação da nova época. A presidente explicou que a tempestade Martinho, em Março, deixou danos na bancada poente e obrigou a intervenções urgentes. Simultaneamente, está a ser instalado um novo relvado, o que torna impossível utilizar o estádio em pleno durante a pré-temporada.

“Uma série de situações virou-nos a vida ao contrário. Não na definição do plantel ou na estratégia, mas ao nível do quotidiano porque o nosso estádio ainda não terá as condições mínimas quando a equipa voltar ao trabalho”.

Ainda assim, garantiu que as obras estarão concluídas a tempo do arranque da Liga, afastando a possibilidade de andar “com a casa às costas” nas primeiras jornadas do campeonato.

Alexandrina anunciou ainda algumas alterações nas infraestruturas do clube, que será apresentada aos sócios em assembleia geral no próximo dia 25 de junho (Mais uma assembleia em dia pouco convidativo para a maioria dos sócios - Entretanto reagendaram a assembleia para dia 29 de Junho, reconhecendo o erro que seria). Este plano estratégico – apelidado de “masterplan” – será dividido em quatro fases e tem como meta final o ano de 2028.

O plano contempla:
  1. A construção de um novo edifício para a equipa profissional;
  2. Um centro de treinos para a academia com mais dois relvados;
  3. A reconstrução da bancada nascente do Estádio do Rio Ave.

Opinião:

Do ponto de vista das infra-estruturas,  Alexandrina Cruz apresentou o que sabe, mas sem grandes detalhes — afinal, quem realmente manda é Evangelos Marinakis. É ele quem vai investir, decidir o que fazer e quando fazer. Se existisse de facto um acordo parasocial onde estivessem claramente definidas as alterações estruturais previstas, esse documento já teria sido partilhado com os sócios e explicado em assembleia há muito tempo. Na assembleia comunicará apenas o que está em curso e o que já está assegurado para o curto e médio prazo. Quanto ao resto, não irá arriscar a fazer promessas que sabe que não poderão ser cumpridas.

Na prática, tudo indica que o que vamos ter é isto: Alexandrina comunicará pontualmente pequenas melhorias, à medida que lhe forem sendo transmitidas pela SAD. E como o poder de decisão está centralizado no investidor grego, toda a cautela recomendada.

Ainda assim, importa reconhecer que todas as melhorias são bem-vindas. O que é lamentável é que os sócios não sejam chamados a participar, sobretudo quando falamos de património imobiliário que sempre foi, e continua a ser, do clube. Mas se nem a própria presidente parece ter autonomia para decidir, também não valeria de muito a participação dos sócios neste processo.

No plano desportivo, fica a dúvida: será suficiente apontar aos 39 pontos como ambição mínima? Sinceramente, não acredito que Marinakis se contente com isso. Este tipo de discurso serve apenas para que, ao longo da época, Alexandrina possa construir uma narrativa de que o projeto é de longo prazo, e que garantir a manutenção será, por si só, um feito positivo. Se se conseguir algo mais, será apresentado como um feito glorioso.

12.6.25

Rio Ave Futsal: nova equipa técnica prestes a chegar




A subida do Rio Ave FC à primeira divisão de futsal vai trazer mudanças profundas no seio da estrutura técnica do clube. Para além das naturais alterações no plantel, também a equipa técnica sofrerá uma remodelação significativa.

Carlos Sousa, o nome que constava oficialmente como treinador na ficha de jogo, e Flávio Pinto, o verdadeiro responsável técnico da equipa ao longo da temporada, estão de saída. Esta dupla conduziu a equipa até à subida de divisão, mas ambos esbarram num impedimento que se tornaria inevitável com a promoção: nenhum dos dois possui o nível 3 de treinador exigido pela Federação Portuguesa de Futebol para orientar equipas na Liga Placard.

Mais ainda, Flávio Pinto poderá mesmo ser alvo de sanções disciplinares. Apesar de não figurar como treinador oficial nas fichas de jogo, foi ele quem, ao longo da época, assumiu na prática o comando da equipa nos jogos — uma situação que está a ser analisada pela Federação e que poderá resultar em punições (clube também deverá ser punido).

Apesar de ainda não ser oficial, para a nova época, o clube escolheu Bruno Guimarães como novo treinador principal. O técnico orientou na época passada o Dínamo Sanjoanense, equipa que acabou por descer da primeira divisão, somando apenas 3 vitórias em 22 jornadas. 

A aposta do Rio Ave em Bruno Guimarães representa uma tentativa de iniciar um novo ciclo, agora numa realidade muito mais exigente e competitiva. A subida foi um feito importante, mas a permanência na primeira divisão exigirá um projeto sólido, competente e com bases regulamentares devidamente consolidadas.

11.6.25

Marinakis contrata no Estoril novo presidente da SAD

A Bola dá conta que o até agora presidente da SAD do Estoril, Ignacio Beristain, vai ser o novo CEO da SAD do Rio Ave ("faltando formalizar o acordo entre as duas partes"). O jornal diz que será anunciado  nos próximos dias.

Falta saber que papel terá Boaz Toshav (aposto que irá sair) e, se sair, quem é o outro administrador executivo em falta. 

O espanhol esteve quatro anos e meio no Estoril.

Junho feliz para os Rioavistas


1. Histórico: as principais equipas de futebol, futebol feminino e futsal do Rio Ave vão pela primeira vez disputar os principais campeonatos. 

Só há mais três clubes que podem dizer o mesmo. Sporting, Benfica e Braga (o Famalicão subiu no futsal e desceu no feminino). Isto coloca o Rio Ave no topo. Vale a pena festejar.



2. Na próxima época completaremos MIL jogos na primeira liga e estamos cada vez mais perto de entrar na lista dos dez clubes com mais presenças na principal divisão. Se nos lembrarmos que a primeira temporada ao mais alto nível foi apenas em 1979 e que nos primeiros anos foi sempre sobe-e-desce, mais mérito há. 

Quando comecei a acompanhar o Rio Ave, era preciso ir à Povoa para ver futebol de primeira com regularidade e o Varzim era um dos clubes com presença regular na primeira liga. Vejam o que aconteceu entretanto. 


 

9.6.25

O regresso do Rio Ave à Primeira Divisão de Futsal: e agora?




O Rio Ave está de regresso à Primeira Divisão de futsal. Passaram seis longas temporadas desde a última presença entre os grandes e, agora, com mérito, a equipa volta ao convívio da elite nacional.

Mas este regresso deve ser mais do que um simples momento de celebração. Deve ser, acima de tudo, um ponto de partida para uma reflexão profunda sobre o que deve ser o futsal do Rio Ave FC no futuro.

A história recente não nos permite esquecer: há poucos anos estávamos a discutir o Top-4 na Primeira Divisão e, num ápice, a modalidade foi descurada ao ponto de o clube cair até à Terceira Divisão. O que aconteceu nesse intervalo de tempo não pode repetir-se.

Não basta planear a próxima época da equipa sénior. É fundamental encarar o futsal como um projeto estruturado e sustentado. Um projeto que não viva apenas do momento ou das conveniências de quem está à frente do clube.

A realidade atual é clara: todas as equipas de formação competem apenas em provas distritais. Se queremos um futsal forte, temos de voltar a investir na formação. Criar condições para que as camadas jovens evoluam em contextos mais competitivos e que, a médio prazo, sejam também elas suporte da equipa principal.

Temos um exemplo dentro da própria cidade: o Caxinas. Um clube que, apesar das suas diferenças estruturais e de história, trilhou um caminho sustentado, consolidando-se na Primeira Divisão. Não se trata de rivalidades locais. Trata-se de olhar com humildade para um projeto bem-sucedido e retirar daí aprendizagens que possam ser replicadas.

O Rio Ave, pela sua dimensão, história e papel de referência no desporto nacional, não pode ter no futsal uma aposta momentânea, refém de ciclos diretivos ou eleitoralismos. Deve construir uma base sólida, com um projeto de longo prazo, onde a exigência competitiva não se esgote nos seniores e onde exista uma visão clara sobre o que se pretende para a modalidade.

Estamos de volta à Primeira Divisão. É, sem dúvida, um passo importante. Mas não pode ser o último.

Agora, é tempo de construir. Com visão, com ambição e com responsabilidade.