Cezary Miszta poderá alcançar este fim de semana, frente ao Braga, a marca de 30 jogos no campeonato português ao serviço do Rio Ave. O guarda-redes polaco assumiu a titularidade na baliza do Rio Ave na época passada, na Taça de Portugal frente ao Atlético, e desde então ganhou o lugar de forma definitiva, confirmando-se logo no jogo seguinte, contra o Benfica, no Estádio da Luz.
De lá para cá, Miszta soma já 29 jogos na Liga Portuguesa. E há um dado que impressiona — e preocupa: nesses 29 jogos, o Rio Ave sofreu golos em 27 deles. Ou seja, 93,10% dos jogos com Miszta na baliza terminaram com o Rio Ave a sofrer pelo menos um golo.
Convém sublinhar que esta estatística não é um reflexo direto do rendimento do guarda-redes. Muito pelo contrário: em inúmeras partidas, foi precisamente Miszta quem evitou que o resultado fosse ainda mais pesado. O problema está, sim, no coletivo. A equipa defende mal.
Não me recordo de outro período tão prolongado em que o Rio Ave tivesse sofrido tantos golos de forma consecutiva. E, embora a origem do problema possa ter várias leituras — jogadores, sistema tático, adaptações forçadas ou opções de treinador —, a realidade é inegável: os números não mentem e o Rio Ave está longe de ser sólido a defender.