Entrevista à figura central da história do nosso clube, Eng. Mário de Almeida, a não perder.
- Mário de Almeida revela o porquê do desentendimento com AS Campos.
- Jorge Mendes fez parte do projeto da nova SAD conjuntamente com Dr Carlos Costa, Dr. Duarte Leite Sá, e Eng. Mário de Almeida. A reunião com Jorge Mendes correu bem, sem se chegar a acordo.
Começo por dizer que gostei muito de ver o Eng. Mário de Almeida em boa forma no alto dos seus 82 anos. Trazer memórias vivas do nosso Rio Ave, e de um Rio Ave que muitos não viram ou não se lembram, é importantíssimo num tempo de tanta mudança (FC-SDUQ -SAD). O futuro do nosso clube tem que ter memória e obter um legado de informação desta forma simples (podcast) da memória do nosso maior adepto é importante para todos nós que gostamos do clube.
- Em 2017 somando vários fatores(jogadores, televisão, lucro época anterior) nós tínhamos mais de 20 milhões de euros em caixa.
- Chateou-se com AS Campos por coisas do futebol e porque percebeu que o que pretendia não garantia o futuro do clube conforme se veio a provar 4 anos depois, 20 milhões de lucro transformaram-se em 20 milhões de prejuízo.
- Uma das exigências de Mário Almeida e do grupo era a de que essa nova SAD tivesse uma liderança por parte do investidor de Jorge Mendes com poderes bastante mais reduzidos. Era então exigido um Rio Ave com 33% da SAD no mínimo para poder ter poder vinculativo e uma série de compromissos desde melhoramentos obrigatórios das infraestruturas e pagamentos anuais ao clube. Ou seja, e em suma, estes foram os motivos do desentendimento entre presidente do clube e presidente da assembleia Geral de então.
A minha opinião:
- Depreende-se que como o grupo não chegou a acordo com Jorge Mendes para um acordo final, Jorge Mendes afasta-se também do clube e esse afastamento da Gestifute leva à falência do tal poder económico que existia em 2017. Estávamos no principio do (1º) fim de J. Mendes e no Rio Ave. Sei hoje, de outras fontes, que AS Campos tinha outras parcerias na calha (outros empresários), e apostou nelas para defender o futuro do Rio Ave, coisa que o Eng. Mário Almeida rejeitou e daí o seu afastamento.
- Olhar para trás aos dias de hoje, percebe-se que as tais parcerias com outros empresários não correram bem, e o clube começou a definhar economicamente sem que AS Campos tivesse capacidade de inverter a situação, saindo em 2023, alegando motivos de doença e deixando o clube com uma divida astronómica do conhecimento de todos.