20.1.20

25j - Boavista - sempre assim

Não foi um grande jogo, nem nosso nem do adversário, mas ganhámos e marcámos 2 belos golos. Confesso que estava um pouco aborrecido: ninguém gosta de levar com um frio daqueles e ainda por cima não estar a ver um jogo que desse para aquecer alguma coisa. Tinha-se muita luta, algumas ideias, mas no geral as duas equipas estavam muito amarradas, não criavam oportunidades de monta e diluía-se o interesse pelo jogo na mesma medida em que o frio ia carne adentro até aos ossos. Regra geral parecia-me estar o Boavista com muita garra, mais vontade de fazer alguma coisa ao jogo, mais até que nós. A vontade era tanta que foram várias as vezes que os seus atletas se esbarravam uns contra os outros, se atrapalhavam mutuamente e perdiam a bola para nós. Mas continuava a ser divertimento escasso para tanto frio. Emoção junto das balizas é que muito pouca ou nula. Felizmente Diego Lopes despertou e sacudiu-se. E quem se sacode daquela maneira para arrumar com o jogo em 5 minutos com um golo e uma assistência devia ter direito a equipamento aquecido para a segunda parte!

Era de esperar mais da segunda parte? Sim, mais Boavista talvez e mais contra-ataques venenosos do Rio Ave na tentativa de aproveitar o balanceamento do adversário. Outra vez as coisas ficaram pelo plano das ideias, não houve grandes diferenças, exceptuando a ausência de golos. Por nós, tudo bem, em boa hora tínhamos conquistado avanço. Não foi o melhor jogo, mas foi o melhor resultado possível. Aceito.

Nota final para o final do jogo: foram os jogadores do Boavista junto dos adeptos para um aplauso colectivo. Da bancada receberam apupos e insultos, alguns dedos levantados e contestação. No reino da pantera negra a cobrança a quem veste de xadrez (ontem por acaso não…) é grande.