18.3.19

26j - Nacional: 3 pontos são 3 pontos

A equipa parece não ser capaz nesta altura de dar mais do que aquilo que deu ontem. Tem capacidade para mais, mas não consegue. As aflições defensivas entram na ementa como prato do dia em cada jogo que fazemos como se não houvesse mais nada para comer. Custa ver tanta incapacidade, tanta tremura nas pernas na hora de defender e tanta indecisão, falta de arrojo e de confiança na hora de pegar no jogo. A equipa super-controladora que queria comandar o jogo desde a sua área até à área adversária é só uma memória, um fantasma, uma alma penada que nos assombra. Agora chega a haver momentos em que parecemos contentes por não termos a bola na posse do adversário junto da nossa área.
foto: desporto.sapo.pt

Como se perde uma identidade em 26 jogos? Como se passa da ilusão de morder calcanhares aos 4 primeiros, aos super-orçamentos desta Liga a termos de olhar para quem está abaixo de nós com ar de desconfiança e receio que nos passem à frente?

Eu não gosto de ver este Rio Ave a jogar. Causa-me arrepios, sobressaltos, custa-me as unhas e cria-me úlceras nervosas. Eu já não estava habituado a ter um critério tão largo para aceitar vitórias, sejam elas como forem, aconteçam como acontecerem. O nosso nível de exigência subiu os resultados das épocas anteriores e subiu acompanhando os orçamentos. Estou satisfeito por termos ganho, mas até parece que tenho de me convencer que estou contente com a vitória.

Há muitas reflexões que podem já se ir fazendo. Acredito que quem está nos comandos do clube já tenha um caderno de apontamentos bem carregado. A época que ainda decorre tem-nos dados muitos ensinamentos, alguns penosos mas costuma ser com os penosos que se aprende alguma coisa.