30.1.19

Vitórias: O Regresso

O jogo com o Marítimo, depois do jogo da Luz, seria o teoricamente mais difícil nesta era Daniel Ramos.
Após 10 jogos sem vitórias, a crença pairava e acredito que não deve ter sido fácil incutir nos jogadores que após empatar em casa com Setúbal e Feirense, poderíamos chegar à Madeira e reverter o que não se conseguia fazer há cerca de 3 meses.
O Marítimo entrou bem, é verdade, teve oportunidades - também é verdade.
Tivemos sorte? Sim. Mas creio que trabalhamos para isso. Não tínhamos a melhor defesa do mundo... nem a temos. O que acho é que houve jogadores mais concentrados e isso fez a diferença.
As dificuldade técnicas estavam lá: cortes falhados dos nossos jogadores, mas quem ganhava a segunda bola para a tirar da área eram os jogadores do Rio Ave, mais determinados, mais concentrados e mais competitivos. E isso levou também a que houvesse sempre alguém a dobrar o colega. Falo principalmente dos nossos 4 defesas de quem tantas vezes sou crítico
Não só defensivamente mas também por exemplo no lance do nosso golo. Mais perspicácia, mais vontade do Diego.
Não tínhamos os 4 jogadores que tecnicamente são mais diferenciados: Galeno, Vinícius, Dala e Fábio, mas tivemos um grande espírito de equipa. Uma entreajuda fantástica.
Se calhar não podemos jogar com 3 destes jogadores + Diego de inicio. Destes 5 que referi talvez só possamos jogar com 2 ou no máximo 3(claro que em situações de risco até podem ser os 5): e se isso for o melhor para a equipa... que assim aconteça - egos no banco a mim não me incomodam nada.
Bruno Moreira faz-me lembrar Guedes. Trabalha imenso para a equipa e mesmo não marcando desgasta os centrais de tal forma que estes perdem capacidade de reacção: e isso é trabalhar para a equipa... e para o golo.
Scmith errou mais um passe a meio campo com a equipa desequilibrada. Um erro que podia ter sido fatal como já foi contra o Nacional, contra o Benfica e como poderia ter sido contra o Feirense.
De resto nada a apontar a este meio-campo reforçado, onde Tarantini personifica todos os adjectivos que referi e outros que em baixo vou enumerar ou repetir.
Jambor dá um equilíbrio fantástico.
Nadjack mantém as dificuldade a defender mas pelo menos atrapalhava o extremo - mais intenso a defender neste jogo. Passaram algumas vezes mas não tantas como tem sido habitual nos jogadores que encaram Nadjack. Disfarçou algumas lacunas.
Uma palavra tambem para André Silva que mal entrou viu um amarelo. Fez uma falta que tantas vezes se pede que os nossos jogadores façam e não as costumam fazer. Os contra-ataques contrários cortam-se no início evitando que aconteça o que nos tem acontecido: que Buatu ou Nadjack concedam penalties ao adversário.
Uma vitória justa: com sorte, mas com determinação, garra, vontade, concentração e acima de tudo muito trabalho.