26.9.16

6j - Paços: Narcisismo, acto de contrição

Eu percebo perfeitamente o que sentiu Capucho e o levou a demonstrar publicamente o seu desagrado: nos primeiros 30 minutos o Rio Ave pareceu-me ainda um pouco deslumbrado com o que tinha conseguido frente ao Sporting. E por causa disso talvez esperasse um Paços de Ferreira menos ousado, quiçá até encolhido e de alguma forma a respeitar em demasia a nossa equipa. Mas mais que nós, pareceu ser o Paços a encontrar na nossa vitória da jornada anterior a inspiração para ganhar: empenhados, rigorosos, astutos e muito eficazes. Foi um despertar para a realidade, em Portugal só 3 clubes têm estatuto e mesmo assim de vez em quando nem isso lhes serve; todos os outros esgravatam e fazem pela vida.
E para além disso, catando o que de mais significativo se passou no jogo, com o afastamento que me é possível, vejo o Rio Ave a dever a si mesmo os 3 pontos perdidos: bola no poste, e duas ocasiões clarissimas (as melhores do jogo) para Tarantini e Gil Dias.

Espero que a mensagem de Capucho passe. O caminho do crescimento obriga a isso.