15.2.13

Rui Rodrigues explica o 4-2-3-1

Na sequência disto, o comentador da Linear Rui Rodrigues enviou-nos esta explicação:

«Penso que actualmente o Rio Ave joga preferencialmente com dois médios paralelos, Wires e Tarantini, e um pivot ofensivo, Diego Lopes, buscando um equilíbrio agressivo em organização defensiva, uma boa ocupação dos espaços e, ao mesmo tempo, uma pressão mais alta sobre os primeiros momentos de construção do adversário.
Eu vejo largura em primeira fase onde Lionn e Edimar estão abertos e incorporam-se nas dinâmicas ofensivas. A espaços este Rio Ave interpreta duas estruturas, 4-2-3-1 e 4-3-3, numa só. Ambas têm amplitudes e posicionamentos diferentes, mas em muitos momentos do jogo os princípios coincidem.
Acho também que as formas de criar dinâmicas deste 4-2-3-1 têm muito a ver com que adversário está a jogar; fora de casa os adversários assumem mais o risco e o controlo do jogo e este posicionamento estrutural ocupa melhor os espaços e aumenta o número de recuperações de bola, os dois pivots complementam-se bem nas ações, Wires mais posicional, Tarantini mais móvel e Diego lopes a verticalizar os passes e a potencializar amplitude máxima para situações de 1x1 onde Ukra e Bébé desequilibram e servem Hassan para momentos de finalização.
Vejo que em muitos momentos do seu jogo os dois pivots dão superioridade no meio campo e ao mesmo tempo libertam a criatividade de Diego Lopes e desenvolvem e desdobram a equipa para momentos de transições rápidas.
Com estes princípios bem definidos o Rio Ave nunca se desorganiza e dificilmente é surpreendido em contra-transições por parte dos adversários. Esta estrutura melhorou o jogo posicional da equipa e potencializou o colectivo e encaixa melhor nas características e evidencia melhor os pontos fortes dos atletas na sua organização colectiva»
(obrigado Rui)