24.2.13

(20j FC Porto) Orgulho, sem vitórias morais

Já houve jogos que o Rio Ave ganhou a que torci o nariz e já houve jogos que perdemos, seja injustamente (Benfica ou Olhanense) ou em que, mesmo assim, fizemos um bom jogo - o de ontem no Dragão foi um deles!
Saí do Dragão orgulhoso e reparei que aqueles que no início da partida olhavam de lado para o meu cachecol, o faziam de outra forma no final. Com respeito.
O FC Porto foi melhor porque é melhor. Tem melhores jogadores, que desequilibram, que colocam a bola com mais precisão e fazem mais vezes a diferença (sejamos francos, além de Edimar - por causa das lesões no FC Porto - quantos jogadores nossos seriam titulares no FC Porto?)
Mas o Rio Ave - sem ter feito um jogo perfeito - fez um excelente jogo.
Nuno começou por surpreender - e bem - ao apostar num 4-4-2, compactando o meio campo, Se Braga e Filipe Augusto não estiveram tão bem como seria de desejar a tentar travar as iniciativas do adversário, a falha não pode ser apontada ao míster!
Onde o Rio Ave falhou - do meu ponto de vista - foi em não ter conseguido ser mais agressivo no meio campo, quando o Porto organizava o seu (previsível, diga-se) jogo - passa sempre por João Moutinho e/ou Fernando. Quando Tarantini impunha a sua agressividade, a equipa subia de rendimento e obrigava o FC Porto a perder a bola. Mas é impossível fazê-o durante 90 minutos, e aí esperava-se mais de Braga e Filipe Augusto.
A outra lacuna - estrutural - do Rio Ave, a organização do ataque apoiado, foi menos visível, porque a ideia era meter a bola nos extremos. Ainda assim, tivemos alguns sobressaltos quando tentámos sair com pequeno passe, a partir de Oblak.
A Nuno - que dou nota 4 - só aponto uma falha: a opção por Tope (a ponta de lança!) foi corajosa, mas completamente ineficaz. Eu estava à espera que lançasse Del Valle que, pelas suas características de gazua, poderia ter desequibrado. A esta hora Nuno estará provavelmente 'arrependido' mas a intenção era boa. A sua previsão, aliás, não andou muito longe...
Em resumo: derrota justa (tivemos um golo em três lances de algum perigo), numa exibição de qualidade. Arbitragem de Soares Dias sem influência no resultado (os dois penalties existem) mas, como quase sempre em casa dos grandes, inclinada (na avaliação dos livres, sobretudo). Bem no lance do golo do Rio Ave, Braga parte de situação regular.
(aqui o momento em que Filipe Augusto pisa Izmailov)
PS - confirma-se: entre os 35' e os 45' tudo nos acontece; e voltámos a sofrer um golo nos descontos da primeira parte