22.1.12

(16ªj Braga) O melhor jogo fora, mas sem ataque daria no máximo para empatar

Ao contrário do que tem acontecido, é difícil escrever sobre este jogo. Vejamos porquê:
1) Huanderson não fez uma defesa mas 'tomou' dois golos; ou seja, o Braga fez um jogo fraco, seja por mérito da defesa e meio campo do Rio Ave seja pelo seu próprio demérito; o guarda-redes adversário não fazer uma defesa em Braga é motivo de reflexão para os da casa;
2) O Rio Ave fez, dos jogos que vi, a melhor partida fora de casa. Uma defesa muito concentrada e um meio-campo liderado por Tarantini a chegar muito bem para as encomendas;
3) O problema voltou a ser o ataque - que voltou a não produzir; Huanderson não fez uma defesa a sério e Quim fez duas a valer em todo o jogo. Este nosso ataque não funciona! Yazalde, sejamos objectivos, não está em condições e Kelvin não tem futebol para uma equipa da primeira divisão.
4) Não critico Brito por ter tirado Tomás; claro que, visto agora, não resultou, mas acho legítimo que possa experimentar todos os jogadores. De qualquer forma, acho que deu para perceber que no fundamental o problema não é de Tomás nem de Yazalde; é do sistema usado e dos jogadores que jogam na frente; de que adianta ter três avançados se no conjunto produzem dois lances com algum perigo; nem sequer dá um por jogador! O primeiro remate é aos 71 minutos por Braga!
5) ao intervalo Luís Freitas Lobo mandou-me uma mensagem reafirmando algo que estava a dizer nos comentários do jogo: que depois da saída de Tarantini o Rio Ave se foi abaixo; já o disse, Tarantini estava a ser o melhor jogador em campo, mas uma equipa como o Rio Ave não se pode ir abaixo quando um jogador como Tarantini se vai abaixo; com todo o respeito pelo jogador, não é o nosso Messi nem Aimar nem Hulk.
6) No fundo: o Rio Ave perdeu porque Tarantini saiu? Não concordo. Apesar de Braga e Vitor Gomes não terem estado tão bem, juntos, como ele, a verdade é que culpo mais o ataque, que é inofensivo.
7) Dou nota 1 a Brito, porque continua a apostar no mesmo sistema táctico e nós a coleccionar derrotas; eu preferia Mendes (ou Feliz) do que Kelvin!
8) O árbitro perdoou um penalti ao Braga aos 58 minutos (igual a outros que nos marcaram esta época) e marcou um inexistente depois dos 90; podia ter sido diferente, mas não foi pelo árbitro que perdemos.
9) O empate teria sido o resultado mais justo, se não há o auto-golo! Se...
PS - Não culpo directamente Vítor Gomes por ter posto a bola fora, quando viu Mossoró a queixar-se, para o jogador do Braga ser assistido; culpo-o por o ter feito para onde estava virado, o que daria sempre uma jogada perigosa (ver imagem, no momento em que a bola já está a sair, atirada por Vítor Gomes) se o Braga não devolvesse a bola. O Braga não devolveu a bola e acaba por marcar um canto que dá o primeiro golo.