25.10.10

Substituir ou não substituir o treinador... eis a questão

Primeira nota: esta é uma questão polémica, porque há quem seja - genericamente - a favor das chicotadas psicológicas e quem seja contra. Eu, mais uma vez, genericamente, sou a favor.
No caso concreto da actual situação do Rio Ave - e uma vez que esta é uma ideia que passa pela cabeça de todos - gostava de dizer algumas coisas:
- ainda não defendi a substituição do treinador por não estar convencido de que não é possível recuperar com o trabalho da actual equipa técnica;
- noutras circunstâncias já o teria feito? Sim, se o treinador em causa não desse garantias de que é capaz; e Brito já deu, por mais de uma vez, de que é capaz;
- o treinador é o principal responsável? É a velha questão: o treinador acaba por ser o elo mais fraco. Mas todos sabemos, a começar pelo Rio Ave, que às vezes basta mudar o treinador - com os mesmos jogadores;
- qual será a culpa do treinador? Só vejo duas coisas que, neste momento, se possam dizer: não ter consigo promover mais ânimo na equipa (a tal apatia...) e não ter apostado noutros jogadores que possam dar outras respostas (apesar, reconheça-se, das alterações que tem promovido) [falo sobretudo do vértice do meio campo...];
- não há nem pode haver uma confiança ilimitada na actual equipa técnica. Espero que as coisas não se tornem irreversíveis, mas para que tal não suceda é preciso ganhar ao Braga no sábado. Mais importante: é preciso jogar com outra atitude, com outra agressividade (que faltou ontem em Alvalade).

PS - estamos a pôr muita pressão na equipa para Braga? essa pressão é inimiga? Provavelmente sim, mas não fomos nós, adeptos, que pusemos a equipa neste ponto; os jogadores, principais responsáveis, terão de assumir as suas responsabilidades;